Parece que o aeroporto de Brandenburg (ex Schonefeld) ficou por cerca de 10 mil milhões de euros e levou 14 anos a construir e corrigir erros de planeamento, de construção e equipamento:
O curioso é que o processo, apesar de por um lado ter sido à alemá, pelo outro foi à portuguesa. Era preciso fechar o Tempelhof (já foi) e o Tegel ( este ainda não foi), toda e qualquer semelhança com o nosso rincão natal é pura coincidencia ou enviesada versão, e alguem dissera , à portuguesa, o que era bom era aproveitar um aeroporto de uma pista que já existe (o Schonefeld, que por acaso ja tivera 2 pistas, tendo uma delas sido sacrificada por uma via rápida) e acrescentar-lhe outra pista para poder movimentar 35 milhões de passageiros por ano (mais uma vez, qualquer semelhança com os 30 milhões da Portela em 2019 é abusiva) afastada de 2 km da outra permitindo operação simultânea .
No meio da balburdia do planeamento e da construção planeadas e executadas à portuguesa até houve uma reversão da privatização (no melhor pano cai a nódoa, diriam os alérgicos às reversões de privatizações).
Eu pessoalmente,( que não sou alemão e nas reuniões que tinha com eles tinha a ilusão de perceber o que eles estavam a pensar de nós) , sou adepto de que devia haver um mercado razoável de reabilitação e recuperação de património para que não seja mais barato deitar abaixo e fazer de raiz. Mas no caso de aeroportos, ainda por cima em zonas em que a rota de aproximação passa por cima de população, o meu parecer é que convem fazê-lo de raiz, uma vez que neste caso, parece que uma das razões principais do escorregamento dos custos e prazos foi ter-se escolhido a solução de "o que era bom era" aproveitar um existente .
Mas já está a funcionar, apesar da pandemia, a easy jet e a ryannair estão muito contentes.
Outro aspeto interessante é, apesar de estar a 18 km da cidade, o tempo de ligação por comboio ser de 30 minutos (planos para redução para 20 minutos em 2025...).
Eu diria que por menos do que isso um hovercraft faria a ligação entre a frente ribeirinha ocidental da BA6 e o Parque das Nações ou um shuttle em tunel a 150 km/h ligando a Gare do Oriente ao campo de tiro de Alcochete (zona da pista atual) em diretissima (1700 milhões), mas isso sou eu que tenho a mania de achar que aeroportos, altas velocidades e travessias do Tejo são tambem um problema de mobilidade a incluir no plano de mobilidade da AML.
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