O Tribunal de Contas Europeu (ECA - European Court of Auditors) tem tido uma atuação interessante na crítica à Comissão Europeia por ter palavras muito bonitas em defesa da redução das emissões com efeito de estufa, mas na prática deixar à iniciativa, ou melhor, à falta de iniciativa e de coordenação mútua dos governos a insuficiência e inoperância da rede ferroviária europeia.
A mais recente crítica é notícia em:
e pode ler-se no documento ECA:
https://www.eca.europa.eu/Lists/ECADocuments/SR-2023-08/SR-2023-08_EN.pdf
O ECA não está a extravazar das suas competências. Por simples razões de Física - a resistência ao deslocamento para uma mesma massa, velocidade e perfil do percurso é superior no caso de veículos com rodas de borracha relativamente a veículos com rodas de ferro. E isso tem custos, para além da poluição devida aos combustíveis fósseis, que subsistem, mesmo com tração por baterias ou por hidrogénio/células de combustível, logo assunto da competência do ECA.
Assim se comportasse o Tribunal de Contas português e assim entendesse o governo a urgência em operacionalizar os meios humanos e materiais para integrar uma nova rede ferroviária portuguesa na rede única ferroviária europeia, coisa que o Plano Ferroviário Nacional não perspetiva, nem a estrutura organizativa da IP parece permitir.
Intermodalidade, do dicionário Houaiss - diz-se do transporte em que, até chegar ao seu destino, a carga é levada sucessivamente por diferentes rotas. Etimologia: do latim inter (sobreposição e aproximação) + modal (relativo a modo, forma ou variedade)
Definição adotada no seu relatório pelo ECA:
Intermodal freight transport consists of transporting goods in a single loading unit (such as container) using a combination of modes of transport: road, rail, waterways or air. It can optimise the relative strengths of each transport mode in terms of flexibility, speed, costs and environmental performance.
Sem comentários:
Enviar um comentário