O PFN incluiu a proposta de ligação entre Sines e Grandola Norte para uma linha de mercadorias já planeada em 2003, de serviço às exportações do porto e da região de Sines e com prolongamento a Casa Branca, Évora Norte e Badajoz, servindo também as exportações da Extremadura espanhola.
No contexto da consulta pública sobre o PFN que terminou em 28fev2923, foi lançada por moradores a petição pública https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=gdl2009 opondo-se à construção da linha argumentando que a vocação da região é agricultura, turismo e conservação da Natureza. A associação Intertidal de Melides divulgou a sua participação na consulta criticando o traçado e disponibilizando-se para o estudo de alternativas com a Administração Pública que sirvam o porto de Sines https://1drv.ms/b/s!Al9_rthOlbwewkDGdezuCaf-r4rl?e=4sGauB
De facto a zona é de grande interesse para a conservação da Natureza e também de habitação dispersa. Dada a proximidade da serra de Grandola, a Aldeia do Pico, a norte, ou Vale de Figueira ficariam a 500 m do traçado, Melides a 2 km e Santo André a 300 m, requerendo a instalação de paineis acusticos para redução do ruído.
esquema retirado dos mapas do PFN da ligação proposta assinalada com o número 13 |
A principal razão do traçado é ser um caminho mais curto para Espanha, facilitando as exportações e importações nacionais e o transito da mercadorias extremenhas, e com menos pendentes do que a linha existente por Ermidas, que para comboios maiores exige tração por segunda locomotiva devido às pendentes da travessia da serra de Grandola/S.Bartolomeu (máx. 2,1%). É também um percurso mais curto do que por Poceirão, além de libertar o troço Poceirão-Casa Branca para o tráfego de mercadorias e de passageiros.
Nas imagens seguintes pode ver-se a azul a proposta ligação por Grandola Norte e Casa Branca, evidenciando-se que entre Sines e Grandola Norte o traçado para se afastar 1 km de povoações como Santo André e Melides terá de ir pelo pelo acidentado da serra de Grandola, o que encarece a construção com recurso a túneis, viadutos e escavações para taludes dada a população dispersa, ainda que, mesmo pelos terrenos mais planos, teria de se recorrer a grandes extensões em viaduto para não cortar os trajetos. No entanto, o uso da infraestrutura para transporte de passageiros poderia estimular o turismo se apoiada com trajetos complementares ou transversais, por exemplo miniautocarros e pistas cicláveis e para veículos autónomos a pedido, vencendo a distancia da linha à costa.
A vermelho uma alternativa contornando a serra de Grandola pelo sul, portanto a sul da linha existente, passando por Ermidas e seguindo para o aeroporto de Beja e por Beja. De Beja se faria a ligação a Évora Norte.
Teríamos para o traçado azul cerca de 50 km de Sines a Grandola Norte e 80 km de Grandola Norte a Évora Norte. De Sines a Évora Norte 130 km. Contando com um custo unitário por km de 20 M€ no primeiro troço devido a partes do traçado na serra de Grandola, e 10 M€ no traçado para Évora Norte, teríamos cerca de 1800 M€ .
Para o traçado vermelho cerca de 45 km de Sines a Ermidas e 50 km de Ermidas a Beja. De Sines a Évora Norte 160 km . Para o custo unitário de10 M€ teríamos para Sines-Évora Norte 1600 M€.
mapa do Google Earth; a azul o percurso no PFN, a vermelho uma alternativa por Beja e aeroporto |
ligação Sines-Évora Nore para mercadorias e passageiros em velocidade convencional para 2040 |
mapas das redes de mercadorias e de passageiros "core" 2030, "extended core"2040 e "comprehensive"2050 |
Sem comentários:
Enviar um comentário