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domingo, 3 de março de 2013

O condomínio, a empregada da limpeza do dr Vítor Bento e a anuidade



O condomínio recebeu uma carta das Finanças, ou melhor, como agora se auto-intitulam, da autoridade tributária.
- Venham cá dar o numero de contribuinte da vossa empregada da limpeza.
- Ah, mas a senhora ganha menos do que o ordenado mínimo.
- Não interessa, agora têm de mandar para cá todos os meses a declaração J de quanto lhes pagam. Senão ela não tem segurança social.
Na verdade, a autoridade é autoritária com os fracos e compreeensiva com os fortes.
Os fracos são os que andam a trabalhar neste condomínio, naquele condomínio, naquela família, nesta família, nas tardes de segunda, nas manhãs de terça e de quinta, e a autoridade quer recolher as quantias todas para poder compor o IRS da senhora, para poder até preenchê-lo antecipadamente.
Cumprimentos à sagacidade da autoridade, que assim alarga a base tributária e faz crescer o PIB e a receita fiscal.
Mas, e há sempre um mas sempre que a sagacidade tem um assomo destes.
Mas aqui entra o dr Vítor Bento.
Que o governo faz mal em andar a cruzar tantos dados por cima da privacidade dos cidadãos.
Primeiro, reforça o clima de desconfiança dos cidadãos em relação aos serviços fiscais.
E depois, por simples aplicação do princípio da reciprocidade, que diz que Estado pode fazer as injustiças que quiser que o cidadão fará as que puder, estimula a fuga fiscal.
Pense-se um bocadinho.
A senhora da limpeza do condomínio onde mora o dr Vítor Bento trabalha também num restaurante afamado muito frequentado pelas elites (pobre meio este, o das elites deste país; que resultados tão pobres de elites tão distintas).
Que desde que o IVA aumentou 23% teve uma quebra de faturação de 40%.
Que horror, o que o aumento do IVA faz à restauração.
Ou será que a perseguição fiscal originou um software de fuga?
Enquanto donos de restaurantes honestos lutam para equilibrar as suas contas e outros desistem até ao suicídio (como dizia um deputado da maioria, é a seleção natural, havia restaurantes a mais), há sempre quem dê a volta.
A quebra de faturação real deve ter sido de 20% e assim nem foi preciso repercutir o aumento do IVA nos preciosos clientes.
Melhor seria os pensadores da autoridade tributária serem menos rígidos no seu pensamento e na sua ação.
Melhor seria estimular um clima de confiança mútuo, com fixação de tabelas contributivas razoáveis, por acordo participado.
Mas a autoridade tributária prefere perseguir a senhora da limpeza.
Poderei estar a ver mal, mas não é só a autoridade tributária que unilateralmente decide a aplicação de impostos.
O meu banco também lança impostos sobre os seus clientes.
A anuidade que aparece no extrato bancário é um  imposto silencioso cobrado por uma entidade privada como se fosse a remuneração de um serviço.
É a usurpação de um direito da comunidade organizada em Estado, porque ninguém elegeu em eleições públicas os banqueiros.
Quem os elegeu foi uma elite restrita de acionistas, não foram os eleitores.
Oito euros, incluindo comissões, foi quanto me descontou o meu banco, unilateralmente.
Os cidadãos depositam o seu dinheiro no banco, o banco pode utilizá-lo para os seus investimentos, pelo menos uma parte, vamos que quatro quintos.
Se a média do depósito à ordem for de 1700 euros, temos que quatro quintos são 1350 euros e que os 8 euros representam um juro de 0,6%.
Coisa pouca, 0,6%, mas quem emprestou ao banco foi o cliente e quem recebeu o juro foi o banco tomador do empréstimo.
Ao contrário  do que se vê por aí, que é quem empresta receber também juros, e tanto mais altos quanto o meio bancário e financeiro acha que o devedor mais dificuldade tem em os pagar, os juros.
Repito que depositar o seu dinheiro para o ter seguro é uma necessidade pública dos cidadãos que não tem de ser um negócio para alguns.
Não é um serviço que esses alguns prestam para depois se vangloriarem dos lucros que obtiveram em assembleias de acionistas.
É um serviço público.
Como dizia o presidente Andrew Jackson, vocês, banqueiros, são um ninho de víboras.
Ou como já disse este blogue, são uns meninos maus.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Artigo de opinião: Ricardo Salgado, os banqueiros, os vidros partidos e o surrealismo

Arcanjo S.Miguel, por Guido Reni, século XVII, Bolonha

As religiões cristã e islâmica criticam violentamente o juro agiota.
No livro sagrado da religião cristã é atribuída a Jesus Cristo a afirmação de que são mais inteligentes os filhos das trevas do que os filhos da luz, o que possivelmente, na forma alegórica como ele se expressava, quereria dizer que os financeiros e os banqueiros eram pessoas mais inteligentes do que os comuns dos cidadãos que lhes entregam o dinheiro.
A forma como Ricardo Salgado tem gerido o seu grupo parece confirmar a tese cristã.
Primeiro, fez o que pôde para  não tocar no presente envenenado da troika – o  empréstimo para melhorar a relação entre os depósitos e os empréstimos concedidos.
Uns dirão que o presente era envenenado porque permitiria a entrada do Estado no capital do banco (francamente, com a promiscuidade, ou convívio intenso de benefício mútuo, entre os bancos e os políticos decisores, era assim tão mau o “Estado” entrar no capital?).
Foi sempre o que disse Ricardo Salgado.
Mas outros dirão que o veneno estava simplesmente no empréstimo provir da troika.
Que ela nunca perderá mais do que o devedor ganhará, com os juros e as comissões que aplica.
E então, como banqueiro assisado, Ricardo Salgado fez o que o próprio Estado deveria ter feito: recapitalizou-se através dos próprios acionistas.
Realmente é interessante comparar o montante do empréstimo da troika, 78.000 milhões de euros (menos os 7.500 milhões que ficaram por aproveitar para os resgates de bancos), com o montante de depósitos em toda a banca, 130.000 milhões de euros.
Não quero, evidentemente, sugerir a expropriação pura e simples para nos libertarmos imediatamente do malfadado memorando da troika, porque não faço revoluções, nem sequer no meu bairro.
Estou apenas a exercer o meu direito à expressão de que para mim isto, o Estado não poder aplicar a mesma receita,  é surrealismo (recordo que em Itália a maior parte da dívida pública é interna).
Aproveito também para criticar a política irresponsável dos secretários de Estado do Tesouro que, ao longo de vários anos, quase acabaram com os certificados de aforro, debitando arrogantemente na imprensa conceitos mal apreendidos na faculdade (por acaso até nem estou a criticar o atual governo, que tentou a reabilitação dos certificados de aforro, embora o débito de conceitos mal apreendidos na faculdade de economia se aplique a outras ações do atual governo).
Depois, voltando a Ricardo Salgado, apresenta lucros.
Nos 3 primeiros trimestres de 2012 o BES vendeu 1280 imóveis que lhe advieram por incapacidade dos devedores, por 240 milhões de euros (mas cuidado, foram capitais que vieram da Russia e da China; e se daqui a uns tempos temos o ministério publico a investigar acusações de branqueamento de dinheiros como no caso das compras angolanas de apartamentos do monstro que foi construido no lugar do hotel Estoril Sol?).
Foi uma excelente receita, mas que foi absorvida pelas contas do grupo; que interessam agora os desgraçados que não conseguiram pagar os seus empréstimos ?
Aliás, se alguém se suicidar, como em Espanha, suspendem-se os despejos, não é verdade? Somos um país cristão, embora por isso mesmo sejamos de opinião que os filhos das trevas se orientam financeiramente muito melhor do que os filhos da luz, e sempre contribuiremos para o banco alimentar.
Bem, não devo usar o condicional.
Recentemente suicidou-se o construtor civil de um empreendimento turistico de luxo na serra, perto de Castro Marim, com campo de golfe e hotel, que ainda funcionam; mas as vivendas construidas não encontraram comprador e o homem não resistiu.
Ignoro que banco era credor.
Os jornais não falaram, possivelmente para não induzir a imitação.
Nos 3 primeiros trimestres de 2012 o BES teve 90,4 milhões de euros de lucro.
A CGD e o BCP tiveram 900 milhões de prejuízos no mesmo período (claro, o crédito  mal parado); e  o Santander e o BPI tiveram em conjunto 347,6 milhões de euros de lucro.
Não é muito grande, o lucro, e ainda por cima é menor do que no ano anterior.
Vamos ter pena dos acionistas se não receberem os dividendos e se o banco não puder fazer auto-investimento, mas quem vive dos rendimentos do seu trabalho e das suas pensões viu os seus rendimentos diminuídos gravemente.
Será outro exemplo de surrealismo, as cabeças bem pensantes acharem que a equidade não é chamada para aqui (sim, sim, é preciso não afugentar o capital, embora as grandes empresas tenham as suas sedes fiscais em in-shores europeus, e acima de tudo, não enervar os mercados).
Evidentemente que também aqui não estou a propor a expropriação completa dos lucros, mas parcial era boa ideia.

Até porque, continuando a bater na tecla do surrealismo, será verdade o que li no DN, que a maioria das empresas que têm empréstimos a correr estão a receber cartas dos seus bancos informando que, considerando as condições da conjuntura, patita e patatá, os spreads subiram?
Isto é assim?
Sobem-se os juros (é como se subissem os juros, o que interessa é o serviço da dívida) unilateralmente?
Às pobres das empresas que já tinham contratado juros a uma taxa superior à dos seus homólogos alemães?
Lá está, para mim é surrealismo não existir harmonização fiscal na união europeia; para outros não é, paciência.
E depois os senhores governantes e o senhor governador do Banco de Portugal, que se isto é verdade já devia ter dado uma espadeirada nos filhos das trevas (digo isto na hipótese do senhor ser cristão e poder inspirar-se no arcanjo S.Miguel), vêm rasgar as vestes na comunicação social dizendo que as empresas têm de reduzir os custos de contexto e de produção?
Surrealismo, digo eu.
E não sei se não virão depois dizer que eu estou a instigar ao assalto aos bancos, como aqueles moços no norte, que se entretiveram a partir montras de bancos e visores de multibancos; uma moradora chamou a policia, mas depois veio a televisão e apressou-se a dizer, vá lá, sempre de cara escondida, que até tinha ido manifestar a sua solidariedade aos vandalozinhos quando eles disseram à policia que tinham partido os vidros por serem contra o sistema, que até trocaram gestos de polegar para cima e que se soubesse que não eram vândalos, eram só contra o sistema, que talvez até nem tivesse chamado a policia.
Surrealismo, digo eu.




domingo, 13 de novembro de 2011

Como tendes coragem...

Como tendes coragem para escrever o que escrevestes na carta-queixa?
Como tendes coragem de escrever que o direito à propriedade privada está ameaçado?
A propriedade de quem ficou sem capacidade para pagar o empréstimo da sua habitação?
Não, a propriedade  privada de quem tem muitas ações de bancos.
Vós sois edificios bonitos por fora mas por dentro sois o que diz a parábola.
Cegou-vos a ganancia para não verdes que este governo que mentiu na campanha eleitoral é o vosso melhor servidor, mesmo protestando ter a intenção de ser o mais passivo que imaginar se possa como acionista?
Porque protestais agora a  dizer que não quereis o estado como acionista?
Como tendes o descaramento de dizer que os doze mil milhões de euros não podem ser administrados pelo estado, a nação organizada, a comunidade dos portugueses estruturada no poder executivo, legislativo e judicial?
Estranhais que vos peçam para ter uma taxa baixa de empréstimos relativamente aos depósitos ? (desalavancai, diz o senhor presidente da republica)
E tendes lata para ameaçar o estado com uma ação?
Vós que penhorais até ao último alento, de quem montou um negócio, sem esconder faturas e se afundou num momento de quebra da procura.
Tende cuidado, porque nem todos os juizes são o que pensais.
Ainda há juízes em Berlim, dizia o camponês de Potsdam para o grande Frederico que o queria expropriar.
Se tiverdes o azar do processo ir parar às mãos de alguns juízes de Berlim, correis o sério risco de ser acusados de estar a entupir o tribunal com ações espúrias e podereis sair condenados por sabotagem da economia porque  a ineficiência da justiça é um dos fatores apontados pelos investidores estrangeiros para justificar a pouca vontade de investir em Portugal.
Vós sois os meninos maus de que falei há tempos:
http://fcsseratostenes.blogspot.com/2011/07/os-4-meninos-maus.html

Vós sois os meninos maus, mimados, protegidos, sempre prontos a fazer queixinhas para que os vossos interesses sejam satisfeitos, sempre prontos a chamar a atenção para os vossos sucessos e exigencias de recompensas.
Para poderdes continuar a empurrar e a extorquir os outros meninos e meninas, distraídos que estão com os seus jogos, e incapazes de compreender os prejuízos e os sofrimentos que estão a causar aos outros, porque para vós apenas contam os resultados finais que se traduzam em lucros.

Aplica-se a vós a citação que o deputado do BE  José Manuel Pureza foi buscar para comentar a insensibilidade dos cortes nos rendimentos de quem trabalha:
Tony Judt, um social-democrata que não caiu aos pés da deriva liberal, deu-lhes a resposta certa: "Hoje em dia, ficamos orgulhosos ao ser suficientemente duros para infligir dor nos outros. Se ainda vigorasse um costume mais antigo, pelo qual ser duro consistia em suportar a dor e não em a impor, talvez devêssemos pensar duas vezes antes de preferir com tanta insensibilidade a eficiência à compaixão."

Sabeis o que estais a fazer quando vos queixais de ter medo de serdes nacionalizados como foram nacionalizados os banco dos vossos maiores quando os descapitalizaram em fuga para o Brasil, como dons joãzinhos sextos?
Sabeis que banqueiros com medo são banqueiros que pedem aos seus clientes que vão a correr secar os cofres a levantar os seus depósitos?
Ignorais que a classe média nos anos de quase bancarrota dos anos 20 e 30 do século XX tinha contas em bancos ingleses, franceses, suiços?
E quereis ignorar que nos dias hoje vós ajudais a sangria para as off-shores?

Quisestes há dias que o estado criasse um bad bank para ficar com o vosso crédito mal parado.
Ah, dizeis que muito desse crédito mal parado é do estado.
Mal parado? Deixou de pagar, quando e quanto?
E mal parado de particulares e empresas particulares já é de 5 mil milhões, dos quais 2 mil milhões de interrupção do pagamento dos empréstimos da habitação?
Acreditais então que o "mercado" pode ajudar o PIB a crescer?
Ou isso não vos interessa, só vos interessa o lucro?
Não era o que dizia Adam Smith, que dizia que tinheis de ter uma função social.
Terieis de moderar a vossa ganancia, de vos contentardes com menores lucros, ou então maiores impostos.

Como pois estais agora com exigencias, depois de os vossos homólogos terem desencadeado toda esta crise internacional?
Lestes o artigo "Should some bankers be prosecuted?", de  Jeff Madrick e Frank Partnoy, na "New York Revie of Books", vol.58 - nº17?
Vistes a ópera de Nuno Corte Real, "Banksters" (isso mesmo, aglutinação de bankers e gangsters)?
http://fcsseratostenes.blogspot.com/search?q=banksters

Deixai que vos recorde as palavras do presidente Andrew Jackson em 1834:

Também tenho sido um observador atento do que o Second Bank of the United States tem feito. Tenho colaboradores a vigiar-vos há longo tempo e estou convencido de que vocês usaram os fundos do banco para especular . Quando ganham, dividem os lucros entre vocês; quando perdem, debitam ao banco… vocês são um ninho de víboras e de ladrões”.


Ponderastes a notícia das manifestações contra o vosso poder? Não me refiro só aos "Occupy"

(To fellow citizens occupying Wall Street and peoples protesting across the world:

We stand with you in this struggle for real democracy. Together we can end the capture and corruption of our governments by corporate and wealthy elites, and hold our politicians accountable to serve the public interest. We are united - the time for change has come!) ,  
que para isso melhor será analisardes o artigo do Nobel Krugman (So who’s really being un-American here? Not the protesters, who are simply trying to get their voices heard. No, the real extremists here are America’s oligarchs, who want to suppress any criticism of the sources of their wealth.)

Refiro-me às manifestações em 2011-11-12, em Berlim e em Frankfurt, frente à sede do BCE, com cartazes a dizer "Banken in die Schranken".
Frankfurt, 2011-11-12, com a devida vénia ao DN

Ides continuar como o banqueiro que queria ir além das gorduras e sangrar o mercador de Veneza? 
Poupai-vos a esse risco, considerai ainda o risco explosivo de Guy  Fawkes , aquela máscara afilada, com bigodinho à Errol Flyn e pera à duque de Guise (de como um criminoso se transforma em símbolo de resistencia contra a opressão).

Vá, aceitai o estado como acionista.
Pode ser que as eleições continuem a favorecer quem pensa como os vossos grandes homólogos, e daqui a 3 anos o senhor ministro das finanças vos faça um preço para amigo para ficardes com as ações só para vós.
Que receais? é agora primeiro ministro na Itália quem trabalha para a Goldman Sachs (Goldman Sachs, Goverdman Sachs) , primeiro ministro na Grécia quem foi a eminencia parda do senhor Tricheur, perdão Trichet, no BCE.
Nem sequer foi preciso enganar as populações em campanhas eleitorais.

Contende-vos, pois, deixai-vos de queixinhas de meninos maus.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Os banqueiros em Abril de 2011



Estou no largo da Boa Hora a contemplar as obras de mais uma remodelação com caves de estacionamento que ficarão a 7 metros da abóbada da estação Baixa-Chiado, enquanto não vou lá verificar como estão as infiltrações.
Contemplo as portas fechadas do antigo tribunal, aguardando o destino que os decisores houverem por bem (não é um elogio aos decisores); um hotel de charme? Um novo pólo do ISLA acabado de comprar por um grupo de universidades dos USA?






Olho o cartaz amarelecido de há muitos meses, anunciando obras de alteração, por trás dos vidros da montra, a porta também fechada, da Merendinha da Baixa, onde bebi das melhores limonadas deste mundo.






E de repente a voz maviosa de uma executiva esplêndida, porque a forma como estava vestida o comprovava, surpreende-me com a pergunta: “posso entregar-lhe um folheto com as aplicações do nosso banco? Estamos muito competitivos nos depósitos a prazo”.
E entregou-me o folheto, que agradeci muito, informando que até sou cliente daquele banco e deixando-a subir calmamente a Rua Nova do Almada, nos seus saltos altos e casaco e saia travada.
Serão novas técnicas de “marketing” nestes tempos de crise.
Porém, tão assertivas têm sido as declarações dos senhores banqueiros, quando afirmam que já não querem financiar mais o Estado, e terão as suas razões, considerando a elevada percentagem da distribuição acionista por entidades estrangeiras, que não resisto a recordar o post de Novembro de 2010:
http://fcsseratostenes.blogspot.com/2010/11/andrew-jackson-e-alguns-banqueiros.html

e a citação do presidente dos USA Andrew Jackson em 1834 (não digam que a história não se repete; Obama: “Não fui eleito para fazer o jogo dos senhores de Wall Street”):
“Também tenho sido um observador atento do que o Second Bank of the United States tem feito. Tenho colaboradores a vigiar-vos há longo tempo e estou convencido de que vocês usaram os fundos do banco para especular . Quando ganham, dividem os lucros entre vocês; quando perdem, debitam ao banco… vocês são um ninho de víboras e de ladrões”.
Não generalizemos, mas porque foi o próprio governo a desmerecer nos certificados de aforro (que são um financiamento por particulares) para beneficiar as propostas de aplicações de depósitos a prazo dos bancos que assim canalizaram a poupança desses mesmo partuculares?
É que assim, enquanto não tiver uma resposta esclarecedora a esta pergunta, não consigo dar crédito às afirmações dos senhores banqueiros.
Nem aceitar as sugestões tentadoras da simpática gestora comercial da agencia do meu banco na Baixa.