quarta-feira, 15 de abril de 2015

Atlântida, Atlântida, Anticiclone, Anticiclone

http://www.envc.pt/navios/n258/navio258.htm

http://videos.sapo.pt/tlv5LMpPtPQJfslCPirC

Com a devida vénia à revista Ingenium da Ordem dos Engenheiros, edição de janeiro-fevereiro de 2015, comento a noticia da encomenda pelo governo de Timor Leste ao estaleiro da Figueira da Foz de um navioi ferry que, tudo indica, utilizará o material adquirido pelos estaleiros de Viana do Castelo para  construção do Anticiclone, "irmão" mais novo do Atlântida. Penso que algum deste material, adquirido apesar das resistencias burocráticas "abençoadas" pelo próprio ministério da defesa, já respondia a algumas questões ligadas à limitação da velocidade (o Atlântida está claramente submotorizado face aos acrescentos que sofreu para correção do projeto inicial (por exemplo, a comporta de 60 toneladas para acesso dos veículos conforme o normativo subsequente ao afundamento do "Estónia" posterior ao projeto).
Entretanto, o infeliz Atlântida aguarda a venda, sabe-se lá a quem, por quem o comprou por 8,7 milhões de euros (posto à bvenda por 50 milhões). A Douro Azul desistiu dos cruzeiros no rio Amazonas , provavelmente porque alguem explicou que não se altera o projeto de um navio porque pode baixar o nivel de segurança.
Estamos então nesta situação: o estaleiro de Viana do Castelo deixou de concorrer com os outros estaleiros, nomeadamente os de Aveiro e da  Figueira da Foz e pode agora produzir torres eólicas, É como se tivesse sido comprado pela concorrencia. Não esquecer o papel decisivo do ministério da defesa, atrasando a autorização das encomendas de material para o Anticiclone, para os patrulheiros, para os evanescidos asfalteiros venezuelanos (há que tempos que não se fala desta indeterminação...). Nenhuma empresa pode funcionar assim, Depois foi fácil crucificá-la na praça pública.
Aplausos. Para uma atuação vergonhosa na senda da desindustrialização do país.

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