Com a devida vénia ao DN de 9 de abril de 2015, cito José Braz, ex-diretor da Polícia Judiciária: "É hoje claro que o crime organizado infiltrou o aparelho de Estado".
Já Paulo Morais insiste na tecla da corrupção, e na dificuldade do Estado em se reequiloibar do ponto de vista da Ética enquanto os grandes escritórios de advogados tiverem predominancia no Parlamento.
Parecerá que a sociedade civil tem um papel a desempenhar na luta contra este estado de coisas, mas a dificuldade de organização muito portuguesa é grande obstáculo.
Entretanto vamos registando factos.
Por exemplo, que um antigo diretor do departamento de estudos do BES declarou que só soube das dificuldades do grupo pelos jornais. O que não terá impedido que se tivesse desfeito das ações que possuia com um prejuizo de 50% por comparação com a perda total. Se isto, que foi publicado e não desmentido é verdade, é muito grave, com a agravante do senhor ter atualmente umcargo de relevo nas estruturas económicas públicas, mas é possível que haja um vazio legal e que não seja punível a manipulação por informação privilegiada e assimétrica (inside trading) de ações. E será perfeitamente compatível com a observação de que assistimos simplesmente á transferencia de rendimentos do trabalho para o capital.
Mas não é ético.
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