Porque houve 3 acontecimentos simultâneos dedicados à problemática dos transportes.
Em Lisboa, no auditório do Alto dos Moinhos, a AFERSIT promoveu uma mesa redonda sobre as Ligações Ferroviárias Internacionais: Impacto na competitividade da economia.
Em Madrid, a European Railway Review promoveu um seminário sobre Iberian Rail Development com a presença dos principais operadores ibéricos. Segundo a convocatória, o plano de desenvolvimento espanhol é de 1260 milhões de euros para redes suburbanas e urbanas e de 3560 milhões de euros para redes de alta velocidade. Quanto à rede portuguesa, segundo a mesma convocatória o seu "grande plano" é de 2560 milhões de euros.
Finalmente, na Figueira da Foz, promovido pelo Conselho Português de Carregadores, um "workshop" sobre Infraestruturas 2016-2020 – Caminhos de Competitividade e Crescimento.
Como Mercúrio não me bafejou com nenhum dote de ubiquidade, nem S.Cristovão, para mais tendo uma relação pouco simpática comigo, dado o meu agnosticismo extremo, tive de optar por uma das realizações, que foi a do CPC.
Retirei algumas ideias, que não estou seguro de serem a interpretação correta dos autores das apresentações, mas graças ao CPC podemos ver aqui as referidas apresentações.
https://drive.google.com/folderview?id=0B-ILrOVj_ZMFNVJSUUZFanF2Znc&usp=sharing
Destaco o interesse do trabalho do comandante Laranjeira Anselmo, pela importância do transporte marítimo como o mais eficiente e o de melhor ligação aos 400 portos da Europa (sem o constrangimento ferroviário da passagem por França). No entanto, as ameaças são o estágio pouco desenvolvido dos portos portugueses e das suas ligações ferroviárias. De referir ainda a necessidade internacional de substituir o combustível dos navios (gás natural ou hidrogénio produzido por fontes renováveis), a localização permanente dos contentores e o apelo que fez para que se organize um grupo de propostas estratégicas constituindo um plano de ação concreto. É necessário aproveitar os fundos comunitários apesar de escassos, especialmente do plano Juncker, o que exige um trabalho intenso na preparação dos projetos e das candidaturas através da criação do referido grupo estratégico. No entanto reconhece-se a dificuldade da iniciativa proposta dada a preferência portuguesa pela discussão desorganizada, sem objetivos bem definidos.
Muito interessantes também os trabalhos dos outros oradores (João Eduardo Carvalho ex coordenador do GTIEVA, Vitor Almeida, negociador de PPP, António Ramalho presidente da IP, João Carvalho presidente da Autoridade da mobilidade e transportes). O plano mostrado pelo presidente da IP parece deixar em segundo plano as ligações à Europa em bitola UIC, e não valorizar a necessidade de coordenação com Espanha, do que discordo. Discordo também do reaproveitamento da linha existente da Beira Alta em vez de linha nova em bitola UIC.
Mas enfim, sem um apoio comunitário massivo dificilmente se poderão tomar as decisões corretas. Pena não se conseguir dar seguimento à proposta de Laranjeira Anselmo, constituição de um grupo alargado para definição da estratégia.
PSS em 13 de junho - Acrescento a comunicação na sessão da ADFERSIT no Alto dos Moinhos, pelo seu presidente , Mário Lopes, sobre as Ligações ferroviárias internacionais, com informações importantes sobre a problemática da bitola UIC
https://1drv.ms/f/s!Al9_rthOlbwehTxqNai666t8MvpY
Grande equipa (em que não falta o António Raamalho), a fazer lembrar os "gloriosos" tempos do GTIEVA e do seu PIT 3+, para servirem os objectivos do inesquecível vendedor de património nacional Sérgio Monteiro. Se a CML levar para a frente o seu projecto de construir uma enorme praça na Mouraria, para justificar uma mesquita em terrenos que pretende expropriar, serei dos primeiros a propôr que lhes erijam uma estátua e a coloquem no centro dessa praça, para que nunca ninguém se esqueça destes "cristãos novos". LCS
ResponderEliminarÉ de facto a que ideia que fica, que a maioria dos apresentadores tem uma união e um espírito de grupo. Somos um país pequeno com muitas quintinhas e grupinhos, em disputa pelas suas prevalências. E com uma grande dificuldade em nos organizarmos em extensão perante problemas que dizem respeito a todos. Daí a pertinência do apelo de Laranjeira Anselmo.
EliminarQuanto a Sergio Monteiro, consta que anda pelo Novo Banco, mas pouco se ouve falar dele. Mau presságio.