sexta-feira, 8 de maio de 2020

Fotos da frente ribeirinha do Terreiro do Paço de novembro de 2019 a maio de 2020



Fotos para análise da questão da remoção de aterros sobre a vertical do túnel do metropolitano ou na sua envolvente   (Nota: o acesso a esta documentação é público):

traçado aproximado do eixo do túnel do metro; passa sob a ventilação do pátio da Msrinha, frente ao torreão poente, sob o fim do cais das colunas e entre o torreão nascente e a estação sul e sueste;   notar o significativo assoreamento,  entre o cais das colunas e a saida dos esgotos pluviais frente ao torreão poente, consequencia dos ventos de sudoeste e da proteção relativamente à vazante pela frente da estação sul e sueste ; notar o volume da parte triangular da praça da estação junto do torreão nascente que se julga pretender-se retirar, o que suscita dúvidas sobre a estabilidade do túnel do  metro caso não sejam apresentadas as medidas compensadoras   (fonte: Google Earth)


traçado mais preciso do túnel; o canto das muralhas junto do torreão nascente e os arruamentos da marginal não estão atualizados (fonte: MJS Amaral, Resultados da observação dos túneis do metropolitano, FEUP, 2006)





acumulação de sedimentos junto da "caldeirinha" a oeste do torreão poente

saída das águas pluviais da zona da Av.Almirante Reis e Baixa ;   os afloramentos cilindricos serão,provavelmente os topos das estacas de 1,5 m de diâmetro que consolidam os terrenos para estabilizaçáo e proteção sísmica do túnel e do torreão poente (observa-se, a propósito, que o assentamento do torreão poente era muito anterior às obras do metro, e foi estabilizado com estas)

vista da frente ribeirinha poente da praça da estação; o túnel do metro passa sensivelmente onde o enrocamento da parte triangular interseta o enrocamento  da frente ribeirinha no alinhamento da face poente do torreão nascente; será assim um peso significativo que se retirará da proximidade da vertical do túnel, julgando-se indispensável divulgar informação técnica justificativa das compensações para evitar deformações do túnel


vista do enrocamento da parte triangular que protege a frente ribeirinha

vista dos sedimentos entre o cais das colunas e a saída das águas pluviais, já sobre a vertical do túnel; em primeiro plano o assoreamento junto da frente ribeirinha

outra vista dos sedimentos junto da "caldeirinha" do torreão poente, numa altura de maré mais baixa, vendo-se que também cobre a vertical do tunel

vista de mais longe da zona do torreão poente; comprovadamente, a presença de sedimentos ou aterros na vertical do túnel é significativa  e é necessário conhecer a informação técnica que suporte a sua retirada

vista mais de perto, vendo-se os sedimentos ou aterro até às colunas do cais das colunas

colunas do cais das colunas; o tunel do metro está por baixo, a cerca de 8 m

sedimentos e aterro, e assoreamento devido ao vento de sudoeste e à corrente de enchente, entre o cais das colunas e o torreão poente, vistos a partir do cais das colunas

sedimentos e aterro e pequeno assoreamento entre o cais das colunas e o alinhamento com a face poente do torreão nascente; é clara a forma do aterro sobre o túnel do metro

outra vista dos enrocamentos da parte triangular que se julga pretender-se retirar; a frente poente da praça da estação sul e sueste está alinhada com a face poente do torreão nascente

outra vista, a partir da parte triangular, dos sedimentos e aterro sobre o túnel à chegada à estação Terreiro do Paço

plinto na face sul do torreão nascente para instrumentação e monitorizaçao da estabilidade do torreão nascente durante as obras da estação do Terreiro do Paço; neste momento não é visível qualquer instrumentação na face sul do torreão nascente; tem-se conhecimento que o metropolitano continua a monitorizar a estabilidade do seu túnel, mas ignora-se se é feita, ou por quem é feita, a monitorização do edificio do ministério das Finanças, o que é só por si um assunto de interesse público

vista das obras na frente ocidental da praça da estação, vendo-se as estacas que consolidarão os cais fluviais do lado poente

vista atual (5 de maio de 2020) dos sedimentos e aterro junto da saída das águas pluviais

vista geral da maqueta do projeto de requalificação da frente ribeirinha  (fonte, video divulgado pela CML em novembro de 2019); notar a preocupação em recortar o canto junto do torreão nascente, removendo os materiais rochosos de proteção da frente ribeirinha e da estabilidade do tunel do metro; compreendem-se as preocupações de natureza estética, mas considera-se preocupante a ausencia de divulgação de informaçao técnica que permita confirmar que a remoção se fará com compensações para evitar deformações do tunel 

vista de pormenor do canto junto do torreão nascente retirada do video divulgado pela CML

ilustração simplificada de alguns casos de colapso de túneis na história do metropolitano de Lisboa (fonte: https://1drv.ms/p/s!Al9_rthOlbwerSHNppWO9hXPHKDH )

imagem de arquivo (1915) - zona da Ribeira das Naus; não existia marginal entre o Terreiro do Paço e o Cais do Sodré; pode avaliar-se a extensão dos aterros feitos para permitir o avanço da frente ribeirinha (fonte: arquivo histórico-social/Biblioteca Nacional)

imagem de arquivo (1920?) - não havia transito de travessia ao longo da margem; a estação fluvial que servia o Barreiro/caminhos de ferro encontrava-se junto do torreão poente e não onde se encontra atualmente; analisando esta imagem e a anterior da zona da Ribeira das Naus, não parecerá descabida a proposta de avanço da frente ribeirinha do Terreiro do Paço, e do cais das colunas, na sequencia do acidente de junho de 2000, o que teria a vantagem de viabilizar o tunel rodoviário que completava o projeto de tunel do metropolitano, impondo a  este a profundidade de -18m ao nivel da via relativamente ao nivel médio das águas; infelizmente o parecer do IGESPAR inviabilizou a proposta, embora do ponto de vista histórico não pareça razoável a justificação apresentada, "que tudo fique como estava"

imagem de arquivo (1932) - já existia a estação sul e sueste, de localização prolongadamente polémica e de arquitetura, dada a proximidade,  pouco compatível com o classicismo dos edificios do Terreiro do Paço; mantinham-se os cais junto do torreão poente e da Ribeira das Naus (fonte: Lisboa antiga - pinterest)






Referências:
Publico 30abr2020  pag.24        https://stream.publico.pt/epaper/Publico-Lisboa-20200430/

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