Comentario ao artigo do Publico 9 opcoes NAL 27abr2023
Sem pôr em causa a metodologia seguida e o tratamento dado às
propostas de localização, julgo pertinente comentar esta notícia:
1-
segundo o BP e o INE, a contribuição das exportações
de viagens e turismo em 2022 foi de 21107 milhões de euros o que representa
8,8% do PIB e não 18% conforme referido; considerando o total de exportações de
bens e serviços (122519) a percentagem sobe para 17,2% .
2-
o objetivo de 50 movimentos por hora (72s de
intervalo) no aeroporto Humberto Delgado parece otimista, e formalmente não
recomendável uma aproximação desse valor, enquanto não for construído o
taxiway a nascente da pista 21 e
libertado o aeródromo de Figo Maduro (não confundir com saídas rápidas e
entradas múltiplas) ;
3-
apoiando veementemente a conclusão de que o
aeroporto deverá ter uma acessibilidade ferroviária, aliás suscetível de cofinanciamento
comunitário, discorda-se da afirmação de que a Terceira Travessia do Tejo tenha
apenas “uma lógica ferroviária” porque o seu planeamento é indissociável do ordenamento
da AML para que não se deem passos descoordenados duma visão integrada,
incluindo a comparação entre o percurso pela margem esquerda ou pela margem
direita do último troço da ligação de AV Porto-Lisboa; no caso da TTT o seu
custo deverá ser imputado em partes iguais a 4 valências ferroviárias: (serviço do aeroporto) + (ligação AV Porto-Lisboa-Madrid)
+ (intercidades, regionais e mercadorias) + (suburbanos e metro) ;
4-
relativamente ao critério 1, julgo que haveria
conveniência em completá-lo com um fator indicativo dos custos de expropriação,
construção e manutenção do aeroporto; idem
para o critério 2 para a expropriação, construção e manutenção das
acessibilidades ;
5-
registo que continua a omitir-se um
constrangimento importante, a falta de alimentação de combustível por oleoduto e
não por camiões;
6-
surpreende-me a consideração de 22 km de
distancia ao centro da cidade como média europeia, o que contraindica o
normativo comunitário de proteção das populações;
7-
a localização no CTA pode ser melhorada
deslocando-a 7 km para poente para junto da atual pista de 1000m e reduzindo a
distancia por estrada (EN118, A33, A12 e PVG) ao km 0 de Lisboa/Moscavide a 35
km; supondo que 50% dos passageiros utilizariam a ferrovia numa ligação para Lisboa
isso significaria uma economia de tempo de cerca de 1 milhão de horas por ano
valorizáveis em 20 milhões de euros por ano para um tráfego no aeroporto de 50 milhões de
passageiros por ano.
O ponto 7 foi objeto de envio à comissão técnica
independente de uma proposta de localização ou opção estratégica dadas as
vantagens de localização relativamente à proposta de 2008 na zona Nascente do
CTA. Como fundamentação foi anexada a análise comparativa de várias
localizações com o “link” https://1drv.ms/w/s!Al9_rthOlbwewmwWrLH4x89MBL2V?e=VrDo5W
Fui informado pela comissão, por email provavelmente automático,
de que a localização proposta já estava a ser analisada.
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