sábado, 29 de abril de 2023

Depois da comunicação da comissão tecnica independente, comentário á notícia de 27abr2023

 

Comentario ao artigo do Publico 9 opcoes NAL 27abr2023

https://www.publico.pt/2023/04/27/economia/noticia/comissao-tecnica-reduz-nove-opcoes-novo-aeroporto-lisboa-2047619

 

Sem pôr em causa a metodologia seguida e o tratamento dado às propostas de localização, julgo pertinente comentar esta notícia:

1-     segundo o BP e o INE, a contribuição das exportações de viagens e turismo em 2022 foi de 21107 milhões de euros o que representa 8,8% do PIB e não 18% conforme referido; considerando o total de exportações de bens e serviços (122519) a percentagem sobe para 17,2% .

2-     o objetivo de 50 movimentos por hora (72s de intervalo) no aeroporto Humberto Delgado parece otimista, e formalmente não recomendável uma aproximação desse valor, enquanto não for construído o taxiway  a nascente da pista 21 e libertado o aeródromo de Figo Maduro (não confundir com saídas rápidas e entradas múltiplas) ;

3-     apoiando veementemente a conclusão de que o aeroporto deverá ter uma acessibilidade ferroviária, aliás suscetível de cofinanciamento comunitário, discorda-se da afirmação de que a Terceira Travessia do Tejo tenha apenas “uma lógica ferroviária” porque o seu planeamento é indissociável do ordenamento da AML para que não se deem passos descoordenados duma visão integrada, incluindo a comparação entre o percurso pela margem esquerda ou pela margem direita do último troço da ligação de AV Porto-Lisboa; no caso da TTT o seu custo deverá ser imputado em partes iguais a 4 valências ferroviárias:  (serviço do aeroporto) + (ligação AV Porto-Lisboa-Madrid) + (intercidades, regionais e mercadorias) + (suburbanos e metro)  ;

4-     relativamente ao critério 1, julgo que haveria conveniência em completá-lo com um fator indicativo dos custos de expropriação, construção e manutenção do aeroporto; idem  para o critério 2 para a expropriação, construção e manutenção das acessibilidades ;

5-     registo que continua a omitir-se um constrangimento importante, a falta de alimentação de combustível por oleoduto e não por camiões;

6-     surpreende-me a consideração de 22 km de distancia ao centro da cidade como média europeia, o que contraindica o normativo comunitário de proteção das populações;

7-     a localização no CTA pode ser melhorada deslocando-a 7 km para poente para junto da atual pista de 1000m e reduzindo a distancia por estrada (EN118, A33, A12 e PVG) ao km 0 de Lisboa/Moscavide a 35 km; supondo que 50% dos passageiros utilizariam a ferrovia numa ligação para Lisboa isso significaria uma economia de tempo de cerca de 1 milhão de horas por ano valorizáveis em 20 milhões de euros por ano  para um tráfego no aeroporto de 50 milhões de passageiros por ano.

O ponto 7 foi objeto de envio à comissão técnica independente de uma proposta de localização ou opção estratégica dadas as vantagens de localização relativamente à proposta de 2008 na zona Nascente do CTA. Como fundamentação foi anexada a análise comparativa de várias localizações com o “link”    https://1drv.ms/w/s!Al9_rthOlbwewmwWrLH4x89MBL2V?e=VrDo5W

Fui informado pela comissão, por email provavelmente automático, de que a localização proposta já estava a ser analisada.

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