domingo, 15 de março de 2015

Hoegh Osaka, navio porta automóveis

Hoegh Osaka, 51 700 gr ton, 4 800 automoveis de capacidade, 180m de comprimento, 32m de largura, 10m de calado, 14,3 MW de potencia.
Em janeiro de 2015, à saida de Southampton, adornou. Para evitar que o navio se deitasse completamente, a tripulação encalhou-o num banco de areia. Após corrigida a causa do adornamento, o navio foi rebocado até um estaleiro e reparado, tendo voltado ao serviço. A causa terá sido uma deficiente arrumação da carga ou má gestão da água do balastro.

Hoegh Osaka, início das operações de salvamento do navio

Hoegh Osaka, foto do interior que circulou na internet, indiciando provável má arrumação da carga


Este acidente faz lembrar o naufrágio do Reijin na foz do Douro, em 1998, com perda de todos os automóveis, e o acidente do Cougar Ace, em 2006, nas ilhas aleutas. Na sequencia de um erro na mudança da água do balastro de água o navio tomou uma inclinação de 60º, sacrificando toda a carga de 5000 automóveis. Depois de reparado retomou o serviço.
Os navios deste tipo necessitam de um balastro de água tal que os respetivos tanques são tanto mais cheios quanto menos carga transportam. Se o sistema é mal gerido, o binário da força da gravidade aplicada ao centro de gravidade e a impulsão aplicada ao metacentro podem fazer inclinar o navio.
É curioso observar que o calado destes navios é superior ao calado dos navios de cruzeiro da mesma tonelagem, para aumentar o volume de carga transportada e limitando assim a utilização dos portos de menores fundos. O facto dos navios de cruzeiros terem pequenos calados, favorecendo a ida a mais portos, tem o inconveniente de comprometer a segurança em caso de falha total de energia que impeça a utilização dos estabilizadores.

Dimensões dos navios porta contentores (o terminal do Barreiro foi dimensionado para navios de 3000 TEU):



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