Hoegh Osaka, 51 700 gr ton, 4 800 automoveis de capacidade, 180m de comprimento, 32m de largura, 10m de calado, 14,3 MW de potencia.
Em janeiro de 2015, à saida de Southampton, adornou. Para evitar que o navio se deitasse completamente, a tripulação encalhou-o num banco de areia. Após corrigida a causa do adornamento, o navio foi rebocado até um estaleiro e reparado, tendo voltado ao serviço. A causa terá sido uma deficiente arrumação da carga ou má gestão da água do balastro.
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Hoegh Osaka, início das operações de salvamento do navio |
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Hoegh Osaka, foto do interior que circulou na internet, indiciando provável má arrumação da carga
Este acidente faz lembrar o naufrágio do Reijin na foz do Douro, em 1998, com perda de todos os automóveis, e o acidente do Cougar Ace, em 2006, nas ilhas aleutas. Na sequencia de um erro na mudança da água do balastro de água o navio tomou uma inclinação de 60º, sacrificando toda a carga de 5000 automóveis. Depois de reparado retomou o serviço.
Os navios deste tipo necessitam de um balastro de água tal que os respetivos tanques são tanto mais cheios quanto menos carga transportam. Se o sistema é mal gerido, o binário da força da gravidade aplicada ao centro de gravidade e a impulsão aplicada ao metacentro podem fazer inclinar o navio.
É curioso observar que o calado destes navios é superior ao calado dos navios de cruzeiro da mesma tonelagem, para aumentar o volume de carga transportada e limitando assim a utilização dos portos de menores fundos. O facto dos navios de cruzeiros terem pequenos calados, favorecendo a ida a mais portos, tem o inconveniente de comprometer a segurança em caso de falha total de energia que impeça a utilização dos estabilizadores.
Dimensões dos navios porta contentores (o terminal do Barreiro foi dimensionado para navios de 3000 TEU):
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