sexta-feira, 10 de maio de 2019

Banqueiros, não se queixem como meninos maus

Na mesma página do jornal em que um dos bancos anuncia lucros crescentes, a notícia de que os banqueiros reivindicam uma taxa nos pagamentos por multibanco (ou respeitosamente se contentam sem ela se em toda a UE for essa a lei). https://expresso.pt/economia/2019-05-08-Banqueiros-querem-cobrar-nos-levantamentos-multibanco--mas-a-lei-nao-deixa-#gs.azux1l

Vêm-me à memória escritos passados:
https://fcsseratostenes.blogspot.com/search?q=jackson

Violenta, mas justa aquela diatribe do presidente dos USA, em 1834, vocès são um ninho de víboras e de ladrões. Os banqueiros dos USA em 1834, claro, uma vez que em Portugal no século XXI os dinheiros que os contribuintes injetaram desde 2007 para salvar bancos não ultrapassaram 19 mil milhões de euros, pouco menos do que 1% do PIB por ano. Sem esquecer as comissões de manutenção de contas, e as comissões das transferencias
Mas pensando melhor, talvez concorde com a aplicação de taxas por cada transação de multibanco. Considerando que os multibancos permitem economizar nos quadros de pessoal e nas instalações, isto é, melhora a competitividade e a eficência, então por cada transação no multibanco a SIBS pagaria uma taxa ao Estado, digamos 0,5% do montante da transação, sem desconto da conta do cliente.  Até se poderia reduzir os 0,5% depois da institucionalização da taxa Tobin (muitos governos da UE já concordaram com ela, mas foram adiando).

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