Com a devida vénia, o DN de hoje dá voz ao senhor diretor do OSCOT que, sobre a possibilidade de atentados por estes meios, afirma:
"É um problema muito grave que temos e já existe desde sempre", salientou, esclarecendo que "tem que ver com a Administração Interna". Na sua opinião, "tem de se reflectir sobre o assunto e tomar medidas o mais rápido possível. É indispensável o controlo dos aeroportos, mesmo os secundários e até alguns em zonas rurais, onde pode aterrar e descolar qualquer aeronave para práticas ilícitas".
Ver todo o artigo em:
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1496068
Sem querer discutir as capacidades da Força Aérea e da NAV para detetar voos irregulares, mas continuando a achar que mais vale prevenir do que remediar, o que me parece de destacar aqui é a afirmação de que esta prevenção é um assunto do Ministério da Administração Interna (neste momento, a Scotland Yard utiliza métodos estatísticos de análise de movimentos de contas bancárias para identificar eventuais coincidências com os padrões típicos da movimentação de contas de autores de atentados anteriores; evidentemente que existem outros padrões desagradáveis para quem esteja habituado a utilizar contas “off-shore” e que venha dizer que isto é contra os direitos humanos, mas compreende-se) e:
O Ministério da Administração Interna disse que era com o INAC e:
O INAC disse que era com o MAI.
Eu aprendi na empresa onde fiz a minha vida profissional, graças a bons exemplos, que tentei retransmitir às novas gerações (apenas com êxito parcial, infelizmente), que, quando não é connosco e os outros dizem que também não é com eles, que o melhor é tentar dar uma ajuda e encontrar uma solução para resolver o assunto concreto.
É por isso que, como cidadão contribuinte, discordo da postura do MAI.
Poderá não ser com ele, mas, como diz o OSCOT, faça o favor de resolver o assunto concreto (prevenção de utilização indevida de avionetas) e, já agora, também agradecia a prevenção, pondo as causas e as circunstancias a descoberto, claro (desemprego de nacionais e de imigrantes, insucesso escolar, deficiente cobertura sanitária incluindo a psiquiátrica, insuficiência de recursos da polícia e GNR) dos assaltos a pessoas de idade (senhora de 86 anos assaltada em Castro Marim) e a turistas no Algarve.
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