domingo, 18 de abril de 2010

Proposta para uma primeira medida de contra-eiafialaioculização

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A fotografia no DN mostra importantes senhores da comitiva presidencial numa paragem numa área de serviço duma auto-estrada alemã, na sua viagem Praga-Barcelona, por estrada.
Sorriem.
Afinal não é assim tão mau viajar de autocarro, como os “emigras”.
Os “emigras” que são responsáveis, como o meu professor Daniel Barbosa ensinava, juntamente com os turistas, pelo equilíbrio da balança de pagamentos.
Mas passava-se isso em 1969.
Agora há outros responsáveis pelo equilíbrio da balança, os que trabalham nas empresas que exportam, para compensar as empresas de sucesso que importam 80% do que comemos e suprimem 1,5 postos de trabalho do comércio tradicional por cada posto de trabalho criado nas grandes superfícies.
Mas voltemos aos senhores importantes.
Vão dizer que se faz bem, a viajem.
E se pensarem que de TGV viajariam 3 vezes mais depressa, então talvez tenhamos ganho mais apoio para o “up-grade” do transporte ferroviário, a alta velocidade TGV. Pode ser que os senhores jornalistas também tenham ficado convencidos.
Como às vezes se ouve dizer, a melhor maneira de se fazer um plano de transportes eficaz é obrigar os senhores ministros, os senhores secretários de estado e os senhores importantes, a ir de transporte coletivo para o trabalho.
Para ficarem mais perto da realidade.
Porque a segurança, a rapidez e o conforto de um modo de transporte são um fator de produtividade das empresas da área.
Salvo melhor opinião.
Proponho portanto, como primeira medida contra-eiafialaioculização, isto é, medida para resistirmos melhor às contigencias externas, que todos os senhores importantes da comitiva presidencial participem no plano de compatibilização da rede TGV portuguesa com a rede espanhola de TGV para 2025.



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