Comentário ao programa da Sociedade Civil da RTP2 sobre sinistralidade rodoviária de 13 de setembro de 2021 https://www.rtp.pt/play/p8271/e567194/sociedade-civil
Segundo o relatório de 2020 da DG MOVE da Comissão Europeia, a posição de Portugal na sinistralidade rodoviária na EU-27 é em 22º lugar com 68 vítimas mortais por ano por milhão de habitantes (média da EU-27, 52) ou 19º lugar com 7,2 vítimas mortais por ano por mil milhões de passageiros-km (média da EU-27, 5,4) .
Estes números revelam que haverá demasiado otimismo na análise feita e a necessidade de campanhas eficazes de redução da sinistralidade, sendo certo que a própria EU necessita de melhorar os seus números. A considerar ainda a gravidade das consequências dos acidentes para os utilizadores vulneráveis (peões e ciclistas - 3 mortes de ciclistas na AML nos últimos 3 meses).
Tal como referido no programa, os principais problemas são a velocidade e o contexto cultural que desvaloriza o risco. Só será possível a visão zero com o cumprimento rigoroso dos limites de velocidade, o que a maioria dos condutores não quer fazer nem deixar que os outros cumpram (exemplo do radar na Av.Marechal Gomes da Costa, sou sistemáticamente ultrapassado por condutores irados quando reduzo para 50 km/h na rampa antecedente.
Faz falta como referido no programa uma campanha de sensibilização nos meios de comunicação social, mas impõe-se que as imagens apresentadas sejam as dos comportamentos positivos (não mostrar condutores a falar ao telemóvel porque subconscientemente conduz à aceitação da ação, nem imagens de acidentes, porque "isso só acontece aos outros e eu sou muito bom condutor").
Junto duas ligações onde o tema da sinistralidade rodoviária é tratado, inclusive com destaque para o ciclismo :
https://fcsseratostenes.blogspot.com/2021/09/nao-senhor-primeiro-ministro-discutir.html
Com os melhores cumprimentos
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