A PSP vai sair do Chiado.
Esta é a notícia do dia. Pelos visto o Chiado e a Baixa ainda não sofreram toda a sangria que tinham a sofrer.
Tal como os médicos do século XVIII que queriam curar a hipertensão com sangrias, parece que os nossos gestores da coisa pública acham que a Baixa se revitalizará com a continuação da sangria dos serviços e da habitação (ah, sim, pode revitalizar-se com escadinhas rolantes para os turistas acederem ao castelo; mal acomparado, é como fazer uma maquilhagem perfeita sem ter tomado banho).
Porque nas mentes provincianas e novas-ricas, o que é bom é desviá-los (os serviços e a habitação) para a nova centralidade (que barbarismo, deuses, este neologismo) da Expo, e construir, na Baixa, recauchutando as fachadas (valha-nos isso, que ele arquitecto famoso queria deitar tudo abaixo), apartamentos de luxo e escritórios de topo de gama (como as agencias de publicidade pirosas dizem).
É uma pena, os agentes da polícia que vão deixar de passar na Rua Capelo davam vida ao local, aos restaurantes e às lojas do Chiado.
A desculpa para validar a debandada é que assim as Belas Artes e o Museu de Arte Contemporânea do Chiado podem expandir-se e ocupar na plenitude todo o Convento de S.Francisco.
Que seja, que remédio, mas depois não vão dizer que não têm dinheiro para fazer as obras de remodelação? E há dinheiro para pagar a renda do edifício para onde vão? Pergunto porque a renda dos edifícios na Expo, para onde deslocalizaram o Tribunal da Hora (e outros tribunais), é de 1 milhão de euros.
E não podiam deixar uma esquadrazinha da polícia noutro prédio da Baixa?
Talvez fazer um projecto comum com o Metropolitano, aproveitando o prédio da Rua Ivens para onde estava prevista uma ligação por elevadores até ao mezanino da estação de Baixa-Chiado, e instalar a esquadra no primeiro e segundo andares… sinergias, não era?
Fica assim este modesto blogue, só para dizer que pelo menos há um cidadão de Lisboa, com as contribuições em dia (não esqueçam, caros concidadãos, numa altura em que a receita fiscal mingua, que o prazo para o pagamento da segunda prestação do IMI, quando é o caso, é o fim deste mês de Setembro) que não concorda com o que os gestores da coisa pública estão fazendo com a Baixa da sua cidade.
Não quero dizer que os gestores da coisa pública não tenham sido legitimamente eleitos. Sou capaz é de dizer que escrevi “legitimamente” de propósito, porque não fui capaz de escrever democraticamente.
Porque para ser “democraticamente” teria de a seu devido tempo se ter discutido claramente no período de campanha eleitoral o que é que cada cidadão ou grupo de cidadãos candidatos se comprometia a fazer e ao que se comprometia a opor-se para defender a vitalidade da Baixa.
Assim como assim, a coisa pública tem destes requisitos, não será (ou não teria sido)?
Esta é a notícia do dia. Pelos visto o Chiado e a Baixa ainda não sofreram toda a sangria que tinham a sofrer.
Tal como os médicos do século XVIII que queriam curar a hipertensão com sangrias, parece que os nossos gestores da coisa pública acham que a Baixa se revitalizará com a continuação da sangria dos serviços e da habitação (ah, sim, pode revitalizar-se com escadinhas rolantes para os turistas acederem ao castelo; mal acomparado, é como fazer uma maquilhagem perfeita sem ter tomado banho).
Porque nas mentes provincianas e novas-ricas, o que é bom é desviá-los (os serviços e a habitação) para a nova centralidade (que barbarismo, deuses, este neologismo) da Expo, e construir, na Baixa, recauchutando as fachadas (valha-nos isso, que ele arquitecto famoso queria deitar tudo abaixo), apartamentos de luxo e escritórios de topo de gama (como as agencias de publicidade pirosas dizem).
É uma pena, os agentes da polícia que vão deixar de passar na Rua Capelo davam vida ao local, aos restaurantes e às lojas do Chiado.
A desculpa para validar a debandada é que assim as Belas Artes e o Museu de Arte Contemporânea do Chiado podem expandir-se e ocupar na plenitude todo o Convento de S.Francisco.
Que seja, que remédio, mas depois não vão dizer que não têm dinheiro para fazer as obras de remodelação? E há dinheiro para pagar a renda do edifício para onde vão? Pergunto porque a renda dos edifícios na Expo, para onde deslocalizaram o Tribunal da Hora (e outros tribunais), é de 1 milhão de euros.
E não podiam deixar uma esquadrazinha da polícia noutro prédio da Baixa?
Talvez fazer um projecto comum com o Metropolitano, aproveitando o prédio da Rua Ivens para onde estava prevista uma ligação por elevadores até ao mezanino da estação de Baixa-Chiado, e instalar a esquadra no primeiro e segundo andares… sinergias, não era?
Fica assim este modesto blogue, só para dizer que pelo menos há um cidadão de Lisboa, com as contribuições em dia (não esqueçam, caros concidadãos, numa altura em que a receita fiscal mingua, que o prazo para o pagamento da segunda prestação do IMI, quando é o caso, é o fim deste mês de Setembro) que não concorda com o que os gestores da coisa pública estão fazendo com a Baixa da sua cidade.
Não quero dizer que os gestores da coisa pública não tenham sido legitimamente eleitos. Sou capaz é de dizer que escrevi “legitimamente” de propósito, porque não fui capaz de escrever democraticamente.
Porque para ser “democraticamente” teria de a seu devido tempo se ter discutido claramente no período de campanha eleitoral o que é que cada cidadão ou grupo de cidadãos candidatos se comprometia a fazer e ao que se comprometia a opor-se para defender a vitalidade da Baixa.
Assim como assim, a coisa pública tem destes requisitos, não será (ou não teria sido)?
PS - Ui! Afinal a esquadra da PSP não debanda para a Expo. É pior, debanda para Moscavide, para umas instalações "pensadas", como disse o senhor ministro, para serem funcionalmente melhores. Deviam os senhores agentes estar contentes e não estão.
Eu, como cidadão que vê o centro da sua cidade a desertificar e a degradar-se, não estou; não acredito no "pensamento" do senhor ministro.
SINERGIAS é um conceito interessante. Usa-se muito, frequentemente para justificar tontices, e raramente se pratica. Não andará por aí a viabilização de uma qualquer Expo-urbanização, associada à “sociedade do conhecimento”!?...Verbas para a reformulação do convento !? “logo se verá”, ou não verá…
ResponderEliminarAs escadas rolantes para o Castelo são recorrentes, vira não volta aparecem e não serão para levar a sério. Uma bateria delas, na via pública, sujeitas a todos os vandalismos (mesmo os mais “inocentes” como o accionar da paragem de emergência), até o Diabo se ria!
Carissimo Anónimo
ResponderEliminarSó posso concordar com toda a força (bom,na verdade,não se me dava nada de ir pelas escaditas rolantes acima até ao castelo, não, ali pela costa do dito).