Recomendo vivamente a leitura da revista Ingenium da Ordem dos Engenheiros de Julho/Agosto de 2009.
Distraidamente tinha-a deixado a um canto sem sequer reparar na capa.
O tema é “Energia”. Para não tirar o efeito surpresa (é como nos filmes, é melhor não contar) só cito estes números:
1 – a energia primária (petróleo, carvão, gás, electricidade) importada é cerca de 83% do total de energia primária consumida
2 – 20 % da energia eléctrica consumida é importada
3 – 75% !!! dos bens alimentares consumidos são importados
4 – a quota da factura energética (7.000 milhões de euros) no deficit da balança de pagamentos é de 60% , sendo aquele deficit de 11% (11% do consumo não tem compensação pelas exportações)
5 - a quota dos transportes na factura energética é de 70% (confesso que me parece exagerado, estava à espera de 40%, mas a fonte é credível, talvez seja o transporte individual que esteja a crescer em passageiros.km).
Perante este panorama, queremos discutir exactamente o quê? Energia barata?
Energia tipo maná que cai do céu? Continuará a vox populi a dizer que o professor Ilharco era maluco por dizer que o problema fundamental da humanidade é a energia?
Leiam a revista.
Tá visto, carrinhos totalmente eléctricos, ou quase e transportes públicos mais atractivos e com menos “desperdícios”, ou seja, o reino da utopia…pelo menos nos tempos mais próximos.
ResponderEliminarTamos feitos, como diz o outro. Os números mostram que não é sustentável. É por isso que a dívida está a crescer tanto. A tia de Bruxelas já está desconfiada, por isso é que apareceram aqueles planos delirantes de ampliação da rede do metro de Lisboa. Não vai dar. A utopia não vai dar. Temos de dar isto de concessão...
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