Curiosa a feira alternativa, no estádio do Inatel.
Alternativa ou indi, de independente, mas esta designação já sou eu a acrescentar.
Feiras sempre foi a forma das comunidades organizarem as suas trocas.
De encontrarem formas de ganhar algum dinheiro fora dos circuitos oficiais da grande economia.
Desde as massagens esotéricas, com pressão de pedras mágicas nos pontos onde os tecidos ganham energias, à medicina chinesa, aos hamburgers vegetarianos, aos fornos solares, aquecimento por peletes de biomassa paineis fotovoltaicos para carregar telemóveis.
Sapatos artesanais, brinquedos de madeira, lanternas de chapa furada, lipoaspiração não invasiva, osteopatis e meditação zen e reiki.
Água imantada, garrafas termo-magnéticas para melhorar o funcionamento do sistema circulatório e o aparelho urinário.
Doceiras caseiras e requintadas, conferencias para promover a harmonia entre o corpo, a mente e o espírito.
Crendices misturadas com sabedoria dos povos e com técnicas fundamentadas.
Manifestação de uma vitalidade talvez proporcional às dificuldades da economia oficial.
Mas fiquei com complexos de culpa.
Não pedi fatura pela limonada que bebi nem pela boneca de trapos que comprei.
Será que as luminárias fiscais deste país se contentaram com o pagamento da taxa de inscrição pelos feirantes?
Esperemos que sim.
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