Desta vez correu bem, a Marinha e a Autoridade Marítima Nacional devem ser felicitadas por terem atuado bem no caso do encalhe do Tokyo Spirit em Cascais. Também as empresas dos rebocadores que evitaram chamar-se rebocadores estrangeiros.
No caso do naufrágio na Figueira apenas podemos louvar a atuação do agente da polícia marítima que salvou dois náufragos.
Em ambos os casos, seria altamente desejável que fossem publicados os relatórios.
No caso da Figueira, para confirmar as hipóteses de que os molhes devem ser prolongados para evitar a armadilha que atualmente são, e de que os eios e as condições de prevenção devem ser revistos.
No caso do Tokyo Spirit, para esclarecer em que condições o navio garrou (perdeu a fixação da ancora). Já se sabe que o mar de sudoeste e o vento de 90 km/h justificam a perda da fixação da ancora, mas os motores do navio estavam parados, ou tiveram problemas de arranque? Estas questões estão relacionadas com as seguradoras, mas o objetivo dos relatórios é evitar que acidentes se repitam, pelo que devem ser publicados. Terão os veios motor-hélice ficado danificados após o encalhe? É que o petroleiro foi depois rebocado a 5,4 km/h, não foi pelos próprios meios até Setubal.
De assinalar que um navio sem carga nunca deve navegar sem lastro devido ao risco de adornar e virar. E terá sido a deslastragem , ou pelo menos a deslocação do lastro da ré para a proa que permitiu o desencalhe.
O navio aguarda agora as reparações, nas águas calmas do estuário do Sado, junto de Troia.
https://www.vesselfinder.com/?imo=9296377
https://www.vesselfinder.com/news/4499-VIDEO-Suezmax-tanker-Tokyo-Spirit-ran-aground-off-Lisbon-Portugal
Esperemos que os cidadãos que compuserem o próximo governo se comportem como os rebocadores que levaram o Tokyo Spirit a bom porto, e levem os portugueses a uma situação menos desigual e precária.
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