sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Segurança no trabalho

Apesar da crise, não são apenas os grandes investidores que lançam obras na cidade, normalmente para arrendamento temporário ou hoteleiro.
Pequenas empresas, nas suas novas sedes em moradias, ou particulares recorrendo às suas poupanças, também as vão realizando.
Mas ... consideremos a primeira fotografia


O bobcat tinha transportado os detritos da sua escavação das traseiras para o pequeno jardim fronteiro.
A grua do camião estava a carregar os detritos (vê-se em suspensão um bloco do pavimento demolido).
Não se vêem na fotografia os trabalhadores apeados que se encontravam junto das máquinas.
Eu vi as pás do bobcat passarem a menos de 50 cm da cabeça de um deles e as pás da grua também a passar perto ao mesmo tempo.
Nenhum dos trabalhadores, de fala aparentemente ucraniana, usava capacete de segurança nem colete.



Na segunda fotografia vê-se, ao fundo, uma operação de betonagem. Igualmente o trabalhador junto da ponteira de betonagem não tem nem capacete nem colete.
À direita,dois trabalhadores sem capacete, nem colete, nem, considerando que estão num telhado, arnês. Pouco depois do instante da fotografia, o trabalhador mais à direita, de fala portuguesa, com a mão imobilizada numa ligadura, trabalhou com uma rebarbadora utilizando a mão esquerda e, naturalmente, sem óculos de proteção.
Como se espera ser a situação perante a segurança social destes trabalhadores e dos seus empresários?
Como podem os preços destes trabalhos baixar sem cortes na segurança?
Como compatibilizar os cortes na segurança com o respeito pela integridade física dos trabalhadores?
Como levá-los a respeitar as normas de segurança impostas pelo normativo da União Europeia e, como se costuma dizer agora, pelos compromissos internacionais?
Esta é para mim uma das principais razões para não sair da UE nem da sua zona euro.
  

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