segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Oito lamentações à maneira de Jeremias, e uma nona lamentação ainda maior, ou as 8 condecorações
"Porque alcançam os maus tanto sucesso
e os pérfidos vivem tranquilos na sua malvadez?
Tu os plantaste e eles lançam raízes,
crescem e frutificam"
Jeremias, 12,1-2
1ª lamentação - Paulo Macedo - mostrou a sua competência como gestor e economista enquanto diretor geral das contribuições. Mas como pode compreender um hospital?
2ªlamentação - Campos Cunha - saíu para mostrar que a política do governo Sócrates era insustentável. Mas isso era o que muitos diziam na altura e não foram medalhados
3ªlamentação - Álvaro Pereira - de olhos muito abertos gritou:Vamos acabar com as vossas regalias. Foi forte com os fracos, mas os mais fortes afastaram-no
4ªlamentação - Lurdes Rodrigues - desceu às escolas, mas não para compreendê-las, antes para lhes anunciar a sua verdade. Perdeu o apoio dos professores e não ganhou o apoio do povo, apesar do presidente da República repetir Deixem trabalhar a senhora
5ªlamentação - Bagão Felix - é uma pessoa simpática e com interesse, como mostram as suas conversas televisivas, um excelente gestor de seguros e analista fiscal e da segurança social. Mas porque é tão fundamentalista nas suas opções?
6ªlamentação - Nuno Crato - como pode um bom matemático abstrair da realidade da desigualdade de condições educacionais das crianças de menores recursos económicos quando a abstração é uma força da matemática?
7ªlamentação - Rui Pereira - como se pode ser tão teórico apoiando-se em estatísticas não atualizadas quando do outro lado da cidade se executa mais um assalto a uma ourivesaria e se ignoram as correlações entre abandono escolar/desemprego e criminalidade?
8ªlamentação - Vitor Gaspar - criativo fornecedor da imagem do oásis a Braga de Macedo, como conseguiu em tão pouco tempo compreender que andamos todos a subsidiar os produtores e distribuidores de combustíveis fósseis depois de ter reduzido a parte dos rendimentos do trabalho?
Lamentação maior - como foi possível termos tido um presidente da República que animadamente revalorizou o escudo nos idos de 78, ignorou a diferença entre Tomas More e Tomas Mann e não se decidiu entre Musgrave e Buchanan enquanto amigos seus não recomendáveis exploravam as fragilidades financeiras do país? Porque ficaram tantos em casa nas eleições que ele ganhou?
Tal como Jeremias esperava o fim do cativeiro de Babilónia, também nós esperaremos o fim desta forma de vida.
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