sexta-feira, 3 de julho de 2009

Educação III -Novo sistema de avaliação nas escolas

Só faltavam 5 minutos para terminar a aula quando o menino Manelinho, que estava no quadro a ser interrogado para ver se subia a nota, desagradado com um comentário do menino Zézinho, reagiu de forma menos própria.
O menino Zézinho gritou logo: “Setôra, aquele menino fez-me um gesto feio”.
Toda a turma fez um bruá-á-á, entusiasmadíssima com a diversão porque o problema que estava a ser resolvido até era complicado e obrigava a usar a cabeça.
A professora tentou impor a calma e conseguiu que o menino Manelinho pedisse desculpa ao menino Zezinho.
Mas já dois ou três meninos e uma menina tinham filmado o episódio nos seus telemóveis ea as imagens já estavam na Internet.
O director da escola, recem-eleito para substituir o conselho executivo, e que estava com o seu Magalhães a pesquisar casos nas escolas, apanhou logo as imagens e mandou chamar o menino Manelinho.
O menino Manelinho foi logo ali, no gabinete do director, expulso da escola.
Deste episódio fez o gabinete de avaliação do ministério da Educação uma grelha de avaliação das escolas, para a qual se pede a colaboração do leitor, enviando em comentários a sua (sua dele, leitor) avaliação do comportamento de cada interveniente, com a seguinte escala e referências:
0 – comportamento claramente reprovável
1 – comportamento vulgar mas aceitável
2 – comportamento claramente de aprovar
Menino Manelinho – M
Menino Zézinho – Z
Professora - P
Alunos que filmaram o episódio – A
Director – D
Por exemplo, se o leitor acha que todos têm comportamento reprovável, a avaliação seria:
M0 Z0 P0 A0 D0

Não se iniba, avalie.
Quer ver a minha avaliação?
M1Z0P2A0D0
Estuda-se a hipótese de sortear um cabaz de fruta não normalizada pelos respondentes.

Obrigado.

8 comentários:

  1. A avaliação, quando está baseada num sistema rígido de quotas, é um disparate, aliás como se tem vindo, ao longo dos anos, a comprovar na nossa Empresa.
    A concepção do modelo de avaliação dos Professores é de tal forma "brilhante" que, salvo melhor opinião, só estava ao alcance de teóricos esquizofrénicos.
    O que é grave não é o modelo de avaliação dos Professores, o que é grave, mesmo muito grave, é que seja possível que esquizofrénicos possam ser governantes do Portugal democrático. Cá se fazem cá se pagam. A arrogância, a prepotência e, quantas vezes a pesporrência, pagam-se caro. Desbarata-se o capital de confiança obtido dos eleitores e depois pretende-se ganhar de novo... O Povo pode ser enganado mas não é estúpido, mesmo quando a alternativa é bem pior, ou já se esqueceram de quanto foi arrogante e prepotente?
    Avaliação: Muito fraca (por falta de diálogo e de consideração pela opinião alheia).

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  2. A minha avaliação seria: M2 Z0 P1 A0 D0
    E, passo a fundamentar.

    M0 – Quando faltavam 5 minutos para acabar a aula, o normal é estarem todos aos saltos para ir porta fora. Mas o Manelinho estava a tentar melhorar a nota (coisa rara). Quando deveria estar concentrado, eis que um ignóbil de nome Zezinho, armado em “chico esperto”, começo a fazer comentários infelizes. A reacção embora reprovável, foi mais que justificada, no entanto se lhe tivesse atirado com a cadeira e partir-lhe as saliências cabeçais, teria sido mais espectacular e pelo menos alguém tinha aprendido a lição, até porque considerando as sequelas da acção, mais valia ter feito o gosto ao dedo, ou seja, à cadeira.

    Z0 – Bufo, Merdoso, Xibo, Graxa, Fantoche, Frustado Troskista, Promovivel.

    P1 – Tipo Melhoral – Não fez bem nem fez mal, não fez nada... Estas coisas não vão lá com desculpas, tem que se ir directo ao âmago da questão. Afinal quem estava a estudar? O que fazia o Zezinho para ver o gesto “feio”? E o gesto seria efectivamente feio? Ou seria ele que não gostava do gesto? Até porque se a aula era de Ciências Naturais, o Manelinho poderia estar a demonstrar os seus conhecimentos de Anatomia Humana, enquanto o Zezinho demonstrava que via muita TVI.

    A0 – Deviam começar por ser investigados pelo DCIAP, por filmagens não autorizadas a menores, o que indicia desde logo pornografia infantil. Além disso não me parece que tenham pago a quota à SPA, nem tão pouco que tenham solicitado algum subsídio ao Ministério da Cultura, logo não podem fazer o que quer que seja em termos de realização vídeo ou cinema.

    D0 – Arriscava-me a dizer que ter ou não ter director, a coisa funciona na mesma. Aliás, este, à semelhança de alguns que conheço, também nada fez, nem para evitar o problema. Até porque o facto de andar a navegar no Magalhães de “vento em popa”, à procura de casos escolares, não justifica tudo. Depois porque expulsou o Manelinho, quando o que deveria ter feito, era ter questionado o Zezinho, sabia fazer melhor.


    Conclusão, vale a pena tentar melhorar as notas, não vale a pena fazer gestos obscenos para depois ser expulso, a não ser que à posteriori se faça o gosto à cadeira. O Melhoral, ou seja o professor, podia poupar uns cobres à Nação ao colocar o Zezinho a varrer o espaço livre de toda a escola.
    Tal como noutros locais importantes, não tanto como a Escola, há sempre uns que apenas se divertem a delirar frases, comentários, conjecturas e outras palermices, distraindo ou mesmo impedindo que outros tenham sucesso e trabalhem para o bem comum.

    Enfim, é o que temos...
    Espero que a fruta seja boa...


    DPVL

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  3. Carissima _DPVL

    Também não é preciso exagerar. Coitado do Zezinho, também tem "vertentes" positivas...Realmente, pegando na sugestão de José, mais valia o Zezinho ter embirrado com os esquizofrénicos das quotas.

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  4. O amigo José anda um bocado zangado com os governantes, é como voçê com os economistas.
    Vá-se lá saber porquê!
    Mas não é nada que uma boa dissertação teórica sobre algo prático e altamente técnico, não resolva.
    Ainda assim partilho da sua opinão em relação às quotas.
    No que respeita ao Zézinho, nem pensar...
    São manias minhas.

    DPVL

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  5. Cara DPVL
    Vá lá, dê uma oportunidade ao Zezinho.
    Que eu talvez dê uma aos economistas.
    Embora aquela declaração do Dr.João Salgueiro, a dizer que os banqueiros não previram no que ia dar a política dos juros. Então o Karl Marx não tinha dito que não se podem remunerar os empréstimos indefinidamente a juros tão altos?
    Falta de previsão, foi o que foi.

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  6. Estou, e mais uma vez, de acordo consigo.
    Eu diria que é falta de visão, ou melhor duros de ouvido, não ouvirem quem devem de ouvir...

    DPVL

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