Só faltavam 5 minutos para terminar a aula quando o menino Manelinho, que estava no quadro a ser interrogado para ver se subia a nota, desagradado com um comentário do menino Zézinho, reagiu de forma menos própria.
O menino Zézinho gritou logo: “Setôra, aquele menino fez-me um gesto feio”.
Toda a turma fez um bruá-á-á, entusiasmadíssima com a diversão porque o problema que estava a ser resolvido até era complicado e obrigava a usar a cabeça.
A professora tentou impor a calma e conseguiu que o menino Manelinho pedisse desculpa ao menino Zezinho.
Mas já dois ou três meninos e uma menina tinham filmado o episódio nos seus telemóveis ea as imagens já estavam na Internet.
O director da escola, recem-eleito para substituir o conselho executivo, e que estava com o seu Magalhães a pesquisar casos nas escolas, apanhou logo as imagens e mandou chamar o menino Manelinho.
O menino Manelinho foi logo ali, no gabinete do director, expulso da escola.
Deste episódio fez o gabinete de avaliação do ministério da Educação uma grelha de avaliação das escolas, para a qual se pede a colaboração do leitor, enviando em comentários a sua (sua dele, leitor) avaliação do comportamento de cada interveniente, com a seguinte escala e referências:
0 – comportamento claramente reprovável
1 – comportamento vulgar mas aceitável
2 – comportamento claramente de aprovar
Menino Manelinho – M
Menino Zézinho – Z
Professora - P
Alunos que filmaram o episódio – A
Director – D
Por exemplo, se o leitor acha que todos têm comportamento reprovável, a avaliação seria:
M0 Z0 P0 A0 D0
Não se iniba, avalie.
Quer ver a minha avaliação?
M1Z0P2A0D0
Estuda-se a hipótese de sortear um cabaz de fruta não normalizada pelos respondentes.
Obrigado.
A avaliação, quando está baseada num sistema rígido de quotas, é um disparate, aliás como se tem vindo, ao longo dos anos, a comprovar na nossa Empresa.
ResponderEliminarA concepção do modelo de avaliação dos Professores é de tal forma "brilhante" que, salvo melhor opinião, só estava ao alcance de teóricos esquizofrénicos.
O que é grave não é o modelo de avaliação dos Professores, o que é grave, mesmo muito grave, é que seja possível que esquizofrénicos possam ser governantes do Portugal democrático. Cá se fazem cá se pagam. A arrogância, a prepotência e, quantas vezes a pesporrência, pagam-se caro. Desbarata-se o capital de confiança obtido dos eleitores e depois pretende-se ganhar de novo... O Povo pode ser enganado mas não é estúpido, mesmo quando a alternativa é bem pior, ou já se esqueceram de quanto foi arrogante e prepotente?
Avaliação: Muito fraca (por falta de diálogo e de consideração pela opinião alheia).
ResponderEliminarA minha avaliação seria: M2 Z0 P1 A0 D0
E, passo a fundamentar.
M0 – Quando faltavam 5 minutos para acabar a aula, o normal é estarem todos aos saltos para ir porta fora. Mas o Manelinho estava a tentar melhorar a nota (coisa rara). Quando deveria estar concentrado, eis que um ignóbil de nome Zezinho, armado em “chico esperto”, começo a fazer comentários infelizes. A reacção embora reprovável, foi mais que justificada, no entanto se lhe tivesse atirado com a cadeira e partir-lhe as saliências cabeçais, teria sido mais espectacular e pelo menos alguém tinha aprendido a lição, até porque considerando as sequelas da acção, mais valia ter feito o gosto ao dedo, ou seja, à cadeira.
Z0 – Bufo, Merdoso, Xibo, Graxa, Fantoche, Frustado Troskista, Promovivel.
P1 – Tipo Melhoral – Não fez bem nem fez mal, não fez nada... Estas coisas não vão lá com desculpas, tem que se ir directo ao âmago da questão. Afinal quem estava a estudar? O que fazia o Zezinho para ver o gesto “feio”? E o gesto seria efectivamente feio? Ou seria ele que não gostava do gesto? Até porque se a aula era de Ciências Naturais, o Manelinho poderia estar a demonstrar os seus conhecimentos de Anatomia Humana, enquanto o Zezinho demonstrava que via muita TVI.
A0 – Deviam começar por ser investigados pelo DCIAP, por filmagens não autorizadas a menores, o que indicia desde logo pornografia infantil. Além disso não me parece que tenham pago a quota à SPA, nem tão pouco que tenham solicitado algum subsídio ao Ministério da Cultura, logo não podem fazer o que quer que seja em termos de realização vídeo ou cinema.
D0 – Arriscava-me a dizer que ter ou não ter director, a coisa funciona na mesma. Aliás, este, à semelhança de alguns que conheço, também nada fez, nem para evitar o problema. Até porque o facto de andar a navegar no Magalhães de “vento em popa”, à procura de casos escolares, não justifica tudo. Depois porque expulsou o Manelinho, quando o que deveria ter feito, era ter questionado o Zezinho, sabia fazer melhor.
Conclusão, vale a pena tentar melhorar as notas, não vale a pena fazer gestos obscenos para depois ser expulso, a não ser que à posteriori se faça o gosto à cadeira. O Melhoral, ou seja o professor, podia poupar uns cobres à Nação ao colocar o Zezinho a varrer o espaço livre de toda a escola.
Tal como noutros locais importantes, não tanto como a Escola, há sempre uns que apenas se divertem a delirar frases, comentários, conjecturas e outras palermices, distraindo ou mesmo impedindo que outros tenham sucesso e trabalhem para o bem comum.
Enfim, é o que temos...
Espero que a fruta seja boa...
DPVL
Carissima _DPVL
ResponderEliminarTambém não é preciso exagerar. Coitado do Zezinho, também tem "vertentes" positivas...Realmente, pegando na sugestão de José, mais valia o Zezinho ter embirrado com os esquizofrénicos das quotas.
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ResponderEliminarO amigo José anda um bocado zangado com os governantes, é como voçê com os economistas.
Vá-se lá saber porquê!
Mas não é nada que uma boa dissertação teórica sobre algo prático e altamente técnico, não resolva.
Ainda assim partilho da sua opinão em relação às quotas.
No que respeita ao Zézinho, nem pensar...
São manias minhas.
DPVL
Cara DPVL
ResponderEliminarVá lá, dê uma oportunidade ao Zezinho.
Que eu talvez dê uma aos economistas.
Embora aquela declaração do Dr.João Salgueiro, a dizer que os banqueiros não previram no que ia dar a política dos juros. Então o Karl Marx não tinha dito que não se podem remunerar os empréstimos indefinidamente a juros tão altos?
Falta de previsão, foi o que foi.
ResponderEliminarEstou, e mais uma vez, de acordo consigo.
Eu diria que é falta de visão, ou melhor duros de ouvido, não ouvirem quem devem de ouvir...
DPVL