Independentemente de outras motivações, é importante divulgar, por razões de segurança, a investigação às causas dos recentes acidentes de autocarros, para que não se repitam, ou pelo menos para que a probabilidade de repetição seja reduzida.
Recomendar que se espere pelos resultados dos inquéritos leva normalmente ao esquecimento e à manutenção da cultura de tolerancia com os acidentes, especialmente quando se verifica um aumento do numero de mortes na estrada (provavel correlação com o aumento de consumo de combustíveis e a prática de velocidade elevadas para as condições do contexto).
O que tenho observado é que são raros os passageiros de autocarros interurbanos que põem o cinto de segurança. Aliás, é de criticar que a sua operação, dada a exiguidade de espaço, é dificil. Mas não desculpa o seu não uso pelos passageiros.
Gostaria que a ANSR desencadeasse uma campanha pública neste sentido, competindo ao pessoal de terra nas estações rodoviárias a chamada de atenção dos passageiros para o uso do cinto (já existem autocolantes nos autocarros a dizer que o seu uso é obrigatório).
Importante ainda divulgar os tempos de condução e de descanso e as velocidades registadas nos tacógrafos digitais.
PS em 22 de junho - Tendo sido divulgadas informações sobre um dos despistes, conviria ainda garantir formação aos motoristas para a reação à derrapagem do rodado traseiro para fora da estrada. Numa primeira reação, as rodas dianteiras devem ser mantidas no sentido longitudinal da estrada para diminuir a sua resistência ao deslocamento, para que a maior resistência do rodado traseiro leve o veículo a orientar-se segundo a direção da estrada. Trata-se de técnicas de condução em pavimentos de pouca aderência que deveriam merecer especial atenção na formação de profissionais.
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