Graças ao canal Mezzo, vejo uma interessante produção dos Mestres cantores, de Wagner.
Retenho uma fala de Hans Sachs: "Mais devagar, distintos mestres, nem toda a gente é da vossa opinião".
Wagner era um pouco egocentrico e a sua ópera pretendia defender a sua música contra os critérios maioritariamente adotados na época. Mas estava certo quanto à elevada probabilidade dos critérios em voga serem medíocres.
Numa altura em que os partidos que têm desempenhado funções governativas apelam a maiorias absolutas, conviria que se lembrassem dos perigos de seguir a opinião única. O "mainstream", como se costuma dizer.
Ou, como disse na televisão um comentador fora da corrente dominante das propagandas partidárias, de que não fixei o nome, a crise financeira internacional que nos trouxe aqui foi prevista por 19 economistas, nenhum deles pertencente ao "mainstream". Querem agora que se acredite nas medidas propostas pelos outros, os que não previram a crise, os que pertencem ao "mainstream", para sair da crise?
Ou como disse Pacheco Pereira, apresentam-nos propostas de programa que são insulto e demonstração de falta de respeito pelos cidadãos?
Sem comentários:
Enviar um comentário