1 - linha circular do metropolitano - sendo apresentada pelo governo e pela CML como objetivo de que não desistem, tem dois inconvenientes graves (para além da maior dificuldade da gestão operacional da linha e da sua menor fiabilidade quando comparada com as duas linhas independentes equivalentes):
1.1 - o impacto visual, as dificuldades construtivas e a afetação do cais sul de Campo Grande com a construção dos novos viadutos do Campo Grande
1.2 - as dificuldades construtivas do troço Rato-Cais do Sodré devidas às caraterísticas hidrogeológicas da colina da Estrela e dos aterros da av.24 de julho.
O primeiro inconveniente pode ser evitado realizando a exploração não como linha circular, mas como linha em laço, com os dois términos independentes (Odivelas e Telheiras). Evitar-se-ia a construção dos dois novos viadutos em Campo Grande. Esta solução tem a curiosidade de corresponder à transformação da linha circular do metro de Londres, Circle Line em linha em laço com dois términos independentes, quando do prolongamento parea Hammersmith em 2009.
Esquema da linha em laço:
O segundo inconveniente poderá ser minimizado optando por um percurso de 4 km em vez de 2km, mas de construção menos complexa e recorrendo a troços em viaduto, conforme a figura seguinte, evitando a colina da Estrela.
A verde assinala-se a linha verde existente, incluindo os términos em Rato e Cais do Sodré. O troço a seguir a uma estação em Campo de Ourique-sul poderá ser em viaduto, com estações de correspondencia em Alcantara-terra e em Alcantara-mar, afundando junto do estaleiro da rocha do conde de óbidos e entroncando com o término de Cais do Sodré junto de Santos. Embora colidindo com o traçado do coletor Cais do Sodré-Alcantara, a sua resolução será muito menos impactante do que a intervenção prevista entre a rua D.Luis I e a estação de Cais do Sodré .
Esta solução tem a vantagem de resolver simultaneamente a ligação a Alcantara, reduzindo o tempo de percurso para os utilizadores da linha de Cascais com destino à zona da avenida da Republica.
2 - Ligação a Cacilhas - As 3 figuras seguintes mostram 3 hipóteses de ligação a Cacilhas em túnel, com prolongamento da linha amarela ou da linha verde.
Em 1974, quando fui admitido no metropolitano de Lisboa, e antes do desenvolvimento do plano de expansão depois apresentado pelo consultor Siemens-Deconsult, tinha sido estudada uma ligação em túnel a Cacilhas no prolongamento de uma nova linha com origem na então projetada estação central do Rego. Abandonada a ideia da estação central no Rego (cuja justificação era também uma nova ligação ferroviária para o norte de Lisboa pelo corredor de Loures), foi também abandonada a ideia de ir a Cacilhas, (embora já no ano 1906 o eng.Melo de Matos ter proposto um túnel de metropolitano de Lisboa para o Seixal).
Atualmente a consolidação da ãrea metropolitana de Lisboa justificará uma terceira travessia do Tejo nesta área, prevendo tráfego intermodal: o tráfego de alta velocidade/mercadorias para interligação à Europa/intercidades, o tráfego suburbano/metropolitano e, eventualmente, o tráfego rodoviário (para financiar a construção).
Essa travessia poderá ser em ponte ou em túnel, sendo que neste caso a sua localização dependerá da análise completa geotécnica dos fundos do rio (convirá que, sendo túnel, a percentagem de areia siliciosa seja significativa por razões sísmicas).
Locais a considerar para a terceira travessia multimodal: Algés-Trafaria, Chelas-Barreiro, Chelas-Montijo, Alverca-Alcochete.
Prolongamento da linha amarela a Cacilhas, com ligação pedonal subterrânea entre uma nova estação em Cais do Sodré e a estação existente. Manutenção do término existente de Cais do Sodré |
Prolongamento da linha verde a Cacilhas (inconveniente: pequeno raio da curva). Eventualmente todo o percurso de Campo de Ourique até uma nova estação terminal em Cais do Sodré em viaduto |
Prolongamento da linha amarela a Cacilhas sob a forma de laço na colina da Estrela para minimizar os riscos geológicos e, através do aumento do percurso, minimizar o gradiante médio |
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