Meu comentário, sugerindo acrescento de duas recomendações para independente e posterior desenvolvimento dos projetos de prolongamento do molhe norte e da reabilitação do ramal ferroviário de Cantanhede para ligação à linha da Beira Alta.:
O presente projeto parece constituir uma ação muito válida
de promoção da atividade comercial, industrial
e portuária na região da Figueira da Foz e os seus intervenientes fizeram
um bom trabalho.
Não deverá portanto ser atrasado.
No entanto, sob reserva de me ter escapado alguma
informação, os relatórios são omissos em relação à influencia negativa do molhe
norte para as entradas e saídas de embarcações de pesca quando a ondulação está
de oeste ou noroeste e é gerada uma rebentação provocada pela restinga (batimétrica
5 a 7 metros) a sul da cabeça do molhe.
Dado que é feita uma referencia ao naufrágio do Jesus dos
Navegantes em 2013 apenas como
informação oral de pescadores, julgo que o relatório deveria ter aprofundado as
causas do naufrágio para eventual produção de recomendações para o futuro.
Junto uma ligação com elementos sobre o naufrágio:
É verdade que as dragagens e a redução da altura da restinga
reduzirão a altura das ondas de rebentação de orientação oeste ou noroeste, mas
isso não foi quantificado em modelação comparando
a situação atual e a pós intervenção como o foi para a hidrodinâmica sedimentar
no ponto 4.2 do Relatório Síntese (notar porém aparente contradição entre a
representação da restinga na figura 4.14 do Relatório Síntese e a figura 4.61
do anexo 5.6 do Aditamento, parecendo a representação do assoreamento mais
correta nesta) .
Tratando-se de uma questão que põe em risco vidas de
pescadores, penso que, para não atrasar o inicio das dragagens, se deveria ao
menos produzir recomendações para uma solução mais eficaz, que se julga ser o
prolongamento do molhe norte para, pelo menos, a batimétrica de 15 ou 20
metros, de modo a reduzir a altura das ondas de rebentação com ondulação de
oeste ou noroeste.
Embora as obras desse prolongamento sejam onerosas, são suscetíveis
de cofinanciamento comunitário e deverão ser incluídas na programação do CSOP
para o PNI 2030.
Igual procedimento se julga curial relativamente à necessidade
de desenvolver a capacidade ferroviária conforme evocado na referencia ao PED
da Figueira da Foz, ponto 4.10.4.3, mas numa visão mais realista, recomendando
a reabilitação do ramal de Cantanhede para ligação à linha da Beira Alta evitando
a linha do Norte por Alfarelos. Tambem aqui poderá haver cofinanciamento
comunitário se convenientemente elaborados os respetivos projetos.
São as sugestões que vos deixo.
Com os melhores cumprimentos
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