sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Vaira Vike Freiberga




Vaira Vike Freiberga já foi presidente da república da Letónia.
O povo da Letónia tem uma história de repressão por ocupantes externos.
O filme André Rubliev (autor do ícone que ilustra este texto), do realizador russo André Tarkovsky, de 1971, contem um episódio da cristianização forçada deste e dos outros povos do Báltico nos séculos XIV e XV, submetidos pelos cavaleiros teutões, polacos e russos, e obrigados a abandonar o paganismo.
Um dos povos desapareceu mesmo. Puro genocídio.
De modo que Vaira Vike Freiberga tem autoridade moral para falar.
E que disse ela?
Que a União Europeia tem de deixar de funcionar como a antiga União Soviética.
O que permite deduzir que tem funcionado como tal e induzir que se não deixar de funcionar assim, deverá implodir.
Pessoalmente, apesar dos inconvenientes que vejo na União Europeia, como seja:
- o fundamentalismo da “concorrência” (disparate, estar a separar a produção , o transporte e a distribuição da electricidade; pode gerar “apagões”; além de que a experiência ensina que a concorrência pode levar ao abaixamento da qualidade exactamente para viabilizar custos baixos)
- o excesso de burocracia (i.é, eurocracia; poderia ser a isto que a senhora Vaira Vike se referia, quando se mostrou disponível para ser presidente da U E, criticando a obscuridade das negociações de bastidores para selecção de candidatos…)
- os riscos de que uns iluminados se reunam outra vez nos Açores e mandem soldados para a terra dos outros (não estou muito certo que a senhora queira referir-se a isto),
julgo que os benefícios superam os inconvenientes, pelo que não concordo com a senhora.
Não impludamos a UE.

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