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Apesar da linha editorial do DN ser demasiado dogmática para meu gosto (também não gosto que me chamem dogmático; mas apetece-me pôr este rótulo na linha editorial do DN), continuo leitor do DN porque tem alguma diversidade.
E hoje, precisamente no caderno sobre a biodiversidade, vem a mensagem de José Saramago ao Forum Social Mundial, contando a história do camponês de Florença no séc.XVI que tocou os sinos a finados pela justiça, porque a justiça tinha sido morta pelo senhor feudal. Ver em Envolverde/Outras palavras: "Da literatura à ecologia, da fuga das galáxias ao efeito de estufa, do tratamento do lixo às congestões de tráfego, tudo se discute neste nosso mundo. .. mas falta à democracia que o voto possa impor-se ao poder económico ... que é a real força que governa o mundo".
Aí está o programa estratégico para a democracia: que o voto tenha poder sobre o poder económico. Podiamos ir a votos: sim ou não à taxação dos bancos, das transações em bolsa, da nominalização dos rendimentos e taxação progressiva em conformidade... enquanto não for assim, democracia é uma palavra incompleta, por mais sábios que sejam os economistas ex-ministros das Finanças.
PS - Por falar em nominalização de rendimentos, cumpre-me informar da notificação que recebi para
pagamento do IRS em meu nome e de minha mulher (não temos ligações a IRC): 4.567,29 euros. O que me dá algum direito a falar. Não pelo montante , mas porque costuma ser pago. Uma voz, um voto.
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