Rodoviarium III – Mais acidentes rodoviários
Mais uma vez com a devida vénia, agora, ao colunista do Oje de ontem, retransmito a informação e o comentário: 300 mortos nas estradas, de 1 de Janeiro a 15 de Junho de 2009. Admitindo que 50% dos feridos graves faleceram no hospital, temos 450 mortos em 165 dias. Isto é, uma média de 2,7 mortos por dia para uma população de 10,5 M habitantes (o indicador correcto seria para “n” viagens ou passageiros.km, mas não existe no nosso país entidade habilitada a fornecer informação fiável, não por falta de capacidade, mas porque não há verbas canalizadas para o efeito).
O transporte individual (TI), responsável por estas mortes, é um sistema e um modo de transporte que deve ser submetido às mesmas regras de análise de acidentes que os outros modos.
Dizia o colunista do Oje que se as empresas de transporte colectivo (a CP, por exemplo, as companhias de aviação) apresentassem estas performances, os dirigentes das respectivas empresas estariam em risco.
Quem serão os dirigentes do TI? Os próprios condutores? Ou os gestores das entidades regulamentadoras?
Estarão em risco?
Sim, risco físico quando andam na estrada (lembram-se do ministro Duarte Pacheco?).
Sim, risco de manutenção dos seus lugares de gestores/decisores quando fica demasiado evidente que os meios de que o Observatório e a Prevenção Rodoviária têm não são suficientes, ou de que a extinção da BT da GNR não ajudou a combater a sinistralidade.
Sim, risco de mais cedo ou mais tarde terem os senhores condutores de se habituar à ideia de que os limites de velocidade são para baixar (já circularam na Suécia, ou nos USA?).
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