A frescura e os preços baixos chegaram ao meu bairro.
Pelo menos é o que diz a publicidade da grande empresa de distribuição que inaugurou o seu supermercado de dimensão média num centro comercial remodelado, tambem de dimensão média.
Até certo ponto, é uma estratégia de descentralização para aproximar o ponto de abastecimento da residencia das pessoas.
Reduz assim a contribuição dos clientes para os custos de transporte das mercadorias da produção para o consumidor (nas grandes superficies comerciais, são os muitos clientes que gastam o combustível que devia ser gasto pela distribuidora numa distribuição mais próxima da residencia dos clientes).
Tambem é bom que as lojas sejam mais pequenas porque isso permite empregar pessoas, que recebem precariamente mas enfim, recebem (vale mais receber pouco do que nada, vale mais partir uma perna do que as duas).
Porém, e este porém agrava a balança comercial devido à importação de bens alimentares, a estratégia desta grande cadeia de distribuição alimentar continua a ser a de privilegiar a importação de alimentos (a dependencia alimentar do pais, já contando com o razoável peso da exportação, é de 25%, mas 47% dos alimentos consumidos são importados).
Na mesma freguesia (resultante da fusão de três antigas) esta cadeia dispõe de mais 3 lojas de média dimensão, e o seu cncrrente mais direto, tambem grande importador, de outras tantas.
Acresce que o concorrente está construindo, bem perto da nova loja, uma nova loja, um pouco maior, remodelando um edificio onde funcionava a oficina de reparação automóvel de um grande concessionário.
Eu penso que aumentar o numero de lojas de grandes cadeias importadoras de alimentos e significativas exportadoras de dividendos para as suas filiais em países de benevolencia fiscal não é do que a nossa economia mais precisa, mas enfim, se criarem algum emprego (eu diria que as pequenas lojas de bairro criariam mais emprego, mas a verdade é que estão fechando).
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