terça-feira, 15 de outubro de 2013

Mais uma vez, não em meu nome

O senhor secretário de estado insiste, quer privatizar os CTT ainda este ano. Mais uma vez, não em meu nome.
Por mais que a troika insista nessa receita, e queiram imitar os ingleses (numa altura em que o relatório da Cruz Vermelha que 10% dos ingleses vivem na pobreza, que o fosso das desigualdades aumenta e que a Cruz Vermelha vai voltar a distribuir alimentos aos pobres) é uma decisão que deveria ser referendada por 2/3 dos contribuintes.
Além de ser mais uma decisão de má gestão.
Os CTT dão dividendos. São apetecíveis até para os grupos da banca. Parece que "oferecem" 600 ilhões de euros.
Não se vendem os aneis quando eles dão lucro.
Depois não venham queixar-se, como no caso do eventual imposto de que Moreira da Silva timidamente falou (há toda a moralidade de lançar um imposto sobre emissores de CO2 como as centrais de gás e de carvão, por mais uteis que sejam à intermitencia das eólicas; aliás, há mais meios de compensar a intermitencia) de que não se pode cumprir o contrato.
Pois não, quando se está em crise não se pode, para grande desgosto dos acionistas e dos senhores gestores das grandes empresas.
Todos, sem exceção, deverão contribuir para o reequilibrio financeiro do país, mesmo que isso envolva algum incumprimento dos contratos internos nesse país.
Desde a redução das altas taxas de rentabilidade das garantias financeiras das PPP aos respetivos bancos até à redução das compensações de "reequilibrio" às concessionárias, e à redução das benesses do banco de Portugal (o senhor governador do banco de Portugal, tão insistente na austeridade dos cidadãos, deveria ter pudor em vez de recusar dar informações sobre as benesses do seu banco - o tratado de Lisboa deve ser revisto, deve acabar-se com os privilégios dos bancos centrais, desde o BCE aos bancos nacionais, e com a distorção das baixas taxas de juro do BCE aos bancos comerciais e altas taxas de juro dos bancos comerciais às finanças públicas).
É uma vergonha, andarem a impor taxas e contribuições extraordinárias às pessoas e a privatizar um serviço público de coesão nacional quando se poderia obter dinheiro com a renegociação dos contratos das PPP e do tratado de Lisboa.

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