segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A vergonhosa proteção dos fabricantes de automóveis

Há dias que queria escrever sobre isto.
A união europeia, na sua missão de proteger os industriais fabricantes de automóveis, tem em vigor normas de consumo de combustível e emissão de CO2 enganadoras para os compradores.
Os anuncios dizem que um modelo consome menos de 4 litros aos 100 km no ciclo misto NEDC, mas isso não corresponde à realidade, é uma abstração dos consumos reais.
O ensaio da norma não é feito em estrada. É feito em banco de ensaios, com o rodado de tração do automóvel sobre rolos a que é aplicado um binário resistente, mas inferior ao da resistencia ao ar e do atrito no asfalto. as acelerações são inferiores a 1 m/s2 e as velocidades máximas no ciclo urbano são de 50 km/h e de 120 km/h durante 10 segundos no ciclo de estrada.
A norma é enganadora. As condições de ensaio estão longe da realidade. O automóvel consome mais combustivel e emite mais CO2 do que dizem os anuncios. No caso dos motores diesel há anos que não se verificam progressos nas emissões de óxido nítrico, um poluente.
É um caso escandaloso de proteção pela união europeia dos industriais e, evidentemente, das grandes produtoras e refinadoras.
É ainda um exemplo das falsas preocupações da união europeia com as alterações climáticas e com o desenvolvimento da tração elétrica autónoma, nomeadamente a resistencia surda à estratégia do hidrogénio, com produção por eletrólise a partir  das renováveis e com um circuito de distribuição por postos de combustível. Existem porém exceções honrosas, mas o destaque continua a ser a predominancia dos negócios sobre a politica.
Mais uma razão para o voto nas próximas eleições europeias.




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