sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Christine Lagarde, aos 28 de fevereiro de 2014, ano 3 da troika

Das notícias sobre Christine Lagarde  de 28 de Fevereiro de 2014:


Nós, economistas, os economistas que conseguimos aceder aos lugares chave condicionadores do poder económico e financeiro, somos assim.
Tomamos um povo e um país, estropiamos a organização da sua vida, lançamos grande parte da população no desemprego, aumentamos a desigualdade da riqueza e arranjamos maneira de ser muito difícil criar emprego.
Criámos uma inovação teórica e prática, convenientemente para aumentar a competitividade (como gostamos de falar desta palavra aos ignorantes) das economias mais fortes relativamente às de pequena dimensão, em que nestas, nas de pequena dimensão, é impossível fazer investimentos com retorno, porque o custo das coisas está distorcido e a exploração do empreendimento não gera rendimentos para pagar o empréstimo do arranque. Nós, economistas, costumamos dizer isto de outra maneira, que as empresas estão descapitalizadas, que a massa monetária no país é insuficiente (os eletrotécnicos dizem ainda de outra maneira, que não há modo de produção adequado a cobrir a base do diagrama de cargas).
Reconhecemos isso tudo, sem que, o bezerro de ouro nos livre disso, sejamos marxistas.
E dizemo-lo, nós, os economistas que conseguimos aceder aos lugares chave condicionadores do poder económico e financeiro, dizemo-lo sem qualquer espécie de pudor, esperando que o poder político mantenha os formalismos de uma democracia representativa de uma maioria relativa à totalidade dos votos expressos, e, que o bezerro de ouro nos livre dela, que continue a evitar uma democracia participativa em que os votos brancos e as abstenções seriam representados nos parlamentos por cadeiras vazias.
O bezerro de ouro, ou melhor dizendo, já que o padrão ouro foi abandonado, que o bezerro dólar nos livre disso.


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