sábado, 2 de fevereiro de 2013

A semiótica dos politicos – Quien, yo?


Expressão do senhor primeiro ministro espanhol acusado de silencio cúmplice no esquema de economia paralela do seu partido.
Quiem yo? Parece o senhor dizer, com a mesma expressividade que uma criança na escola, apanhada pela professora, se desculpa: “Quem eu? setôra? Não fui eu, só se foi aquele menino”.
É que o código genético é o mesmo e muito bem definido, independentemente da idade e da função.
E o mal não está nos “esquemas”, no sentido do angolanismo da palavra.
O mal está no divórcio dos políticos dos cidadãos, nos obstáculos à participação dos cidadãos no debate e nas propostas de solução, na desigualdade de tratamento entre o capital e o trabalho, na rigidez ideológica contra as empresas públicas, na promiscuidade entre o poder  politico e o poder económico, na submissão ao poder financeiro internacional, à não mobilização das potencialidades dos cidadãos e das suas competências técnicas, à hipocrisia de não reconhecerem que o desemprego é uma ferramenta essencial da ideologia ultraliberal que nos é imposta, ao não cumprimento dos direitos humanos da declaração universal.
Em Espanha, onde a ministra adjunta continua bonita apesar do desemprego,  e em Portugal, onde a felicidade se espelha nos rostos dos senhores banqueiros e se derrama das suas declarações públicas.

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