Só que a lei garante aos cidadãos nessas condições o direito a não serem discriminados.
A desculpa dos custos tambem cai quando se pensa nos fundos comunitários de adesão que ficaram por aplicar.
A estação do Colégio Militar é um exemplo da hipocrisia desta recusa.
O projeto para a adaptação da estação estava pronto para lançamento do concurso, quando os decisores de então decidiram que o local previsto para a instalação dos elevadores deveria ser alugado, como foi, para uma loja de roupas.
O projeto foi alterado e quando estava novamente pronto para concurso os decisores recusaram a sua realização a pretexto da entrada em vigor da nova lei de contratação pública (embora a lei previsse a possibilidade de lançamento de concurso desde que a autorização fosse dada antes da entrada em vigor da nova lei).
Houve que proceder à remodelação do processo de concurso.
Seguiu-se uma colisão com a obra do novo edificio poente do centro comercial Colombo.
Finalmente a obra de adaptação da estação arrancou, concluindo-se as aberturas para as caixas dos elevadores.
Contencioso com o empreiteiro levou à interrupção das obras, ignorando-se quando serão retomadas.
Do textos de comunicação ao público do Metropolitano:
"Mobilidade e plena acessibilidade para todos os clientes é um objetivo prioritário para o Metro de Lisboa, sendo uma das suas prioridades estender a toda a sua rede a eliminação das barreiras arquitectónicas."
Embora dos mesmo textos constem as dificuldades financeiras, a verdade é que elas poderiam ser ultrapassadas com recurso aos fundos comunitários se houvesse efetivo empenho dos decisores.
Que não há, como se prova pelo exemplo da estação Colégio Militar e pela estagnação do programa de adaptação das restantes estações, nomeadamente de Campo Grande, Jardim Zoológico, Entrecampos, o que objetivamente configura hipocrisia.
Cartaz abandonado nas obras interrompidas ("trabalhamos a pensar em si"?!) de instalação de elevadores na estação Colégio Militar do Metropolitano de Lisboa |
estaleiro abandonado das obras interrompidas de instalação de elevadores na estação Colégio Militar do Metropolitano de Lisboa |
Cartaz no portão de uma escola durante uma manifestação de uma organização de defesa dos direitos das pessoas com mobilidade reduzida |
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