Resolução do conselho de ministros 77/2015 de 18 de setembro: estratégia nacional para a segurança e saúde no trabalho.
Não longe do local e das deficientes condições de segurança no trabalho retratados em
http://fcsseratostenes.blogspot.pt/2015/10/seguranca-no-trabalho.html
registo esta fotografia:
Um trabalhador corta com uma rebarbadora de motor térmico o lancil para a zona curva com declive e sinalização tátil para pessoas com mobilidade reduzida.
Não usa óculos de proteção, não usa máscara, não usa luvas, não usa protetores auriculares. Sorri quando lhe digo que seria melhor usar. Apenas usam coletes refletores.
Sugiro ao fiscal que promova junto do empreiteiro a utilização dos equipamentos de proteção.
Responde que não usam porque não querem. Eu que reclame na CML.
Ele próprio não usa máscara, nem protetores auriculares.
Como não gosto de delações, limito-me a lamentar.
A propósito da estratégia nacional para a segurança e saúde no trabalho.
Para mim é esta a principal necessidade para nos mantermos na União Europeia, com as suas normas.
Não são cumpridas, mas ao menos existem.
Talvez seja isso que caracteriza os portugueses, serem relapsos aos procedimentos estudados e acordados.
Por insegurança própria sentir-se-ão menorizados se os cumprirem.
Pode ser, mas como conheci muitos trabalhadores que cumpriam as regras e os procedimentos da sua profissão e colaboravam na segurança, discordo.
Discordo da classificação precipitada de que os portugueses cultivam a superficialidade na análise e a boçalidade, termo que ouvi a Mário Cláudio, na prática das suas tarefas.
Acho que é antes a boçalidade de alguns fiscais, de algumas chefias intermédias, de algumas elites.
Talvez para justificarem economia de custos, para poderem ganhar os concursos públicos pelo menor preço (ocorrer-lhes-á que isso é dumping punível por lei?).
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