A Euronews, canal internacional com serviço público europeu de informações, noticiou deste modo o anuncio pela CE do plano de ação para o desenvolvimento do transporte ferroviário de passageiros:
Trata-se de um importante acontecimento para a ferrovia europeia, integrado nos planos do Green Deal, ao mesmo tempo que a Comissão Europeia propõe a revisão do regulamento 1315/2013 (e também do regulamento 1153/2021 que substituiu o 1316/2013 do CEF) no seguimento de consulta pública no 1ºtrimestre de 2021 (apesar do próprio regulamento prever a sua revisão apenas em 2023) através da proposta https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/?uri=COM%3A2021%3A812%3AFIN&qid=1639608649722
Comunicados de imprensa da CE listando os objetivos de transportes de maior eficiência e mais sustentáveis:
https://ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/en/ip_21_6776
https://transport.ec.europa.eu/news/efficient-and-green-mobility-2021-12-14_en
https://transport.ec.europa.eu/news/action-plan-boost-passenger-rail-2021-12-14_en
podem retirar-se os seguintes documentos:
- Long-distance cross-border passenger rail services - Final report
- Cross-border Passenger Rail Services - Infographics
- Communication from the Commission to the European Parliament and the Council: Action plan to boost long distance and cross-border passenger rail
Serão palavras de circunstância as do vice presidente para o Green Deal Timmermans e da comissária dos Transportes Adina Valean, que enfatizam a importancia da rede única ferroviária europeia mas depois desvalorizam as ligações ferroviárias de Portugal à Europa além Pirineus, em sintonia com o XXII governo português ao considerarem que não são viáveis economicamente (contrariando assim gravemente o princípio basilar de coesão da UE) e limitando a estratégia à modernização da rede existente. Quase não se fala em ações concretas aplicáveis ao caso português e pouca atenção é dada ao transporte de mercadorias.
Assinale-se que o texto já prevê a ligação Porto-Vigo integrada na rede comprehensive em 2040 (antecipação da data de 2050 do anterior regulamento 1315), mantendo a data de 2030 para a rede core, embora o próprio relatório que serviu de apoio às novas propostas declare a dificuldade de atingir esses objetivos (e por maioria de razão no caso português).
Dir-se-á que é urgente mudar a política ferroviária passando a ações concretas e mudando os decisores que tiverem de ser mudados.
Neste contexto, é interessante recordar o cortejo de falhas revelado pelo comboio Connecting Europe Express e a curiosa experiência do eurodeputado Pimenta Lopes que levou 57 horas a viajar de comboio de Lisboa a Strassbourg:
https://www.publico.pt/2021/12/07/economia/noticia/eurodeputado-comunista-vai-comboio-estrasburgo-denunciar-liberalizacao-ferrovia-1987689
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/pcp-demonstra-que-viagem-de-comboio-de-lisboa-a-estrasburgo-demora-57-horas-e-mostra-problemas-da-ferrovia
Por curiosidade regista-se a possibilidade de viajar de Portugal a Singapura de comboio:
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