Depois de se esperar que o senhor presidente da CML cumprisse a promessa eleitoral de defender a substituição da linha circular por uma linha em laço, como foi feito em Londres em 2009, o senhor ministro do Ambiente garantiu que a linha circular é para ir até ao fim. Não admira que o senhor presidente do metro reiterasse que cumprirá essa instrução, ver em:
https://fcsseratostenes.blogspot.com/2021/12/reportagem-sobre-linha-circular-do.html
Entretanto as câmaras de Lisboa e de Odivelas aprovaram moções contra a construção da linha circular, a que o governo opõe a sua sobe rana e olímpica indiferença, embora vá dizendo que já não se pode voltar atrás.
Independentemente de ser impossível ou insensato voltar atrás, é sempre possível fazer um exercício mais ou menos académico e analisar hipóteses alternativas, sem esquecer que o mandado da lei2/2020 era também o de realizar um plano de mobilidade para a AML e que qualquer decisão de âmbito local deveria estar integrada nesse plano mais geral. Ou, para fazer jus à orientação da Comissão Europeia sobre as medidas ambientais, que se façam os SUMP (sustainable urban mobility plans), PAMUS em português, ver New european urban mobility framework:
https://mobilityweek.eu/news/?c=search&uid=o4cJYaJ0
Alternativas ao traçado em construção entre as estações Rato e futura Estrela
Hipóteses alternativas à linha circular para o prolongamento das linhas vermelha e amarela servindo Alcantara Mar e Algés em:
https://fcsseratostenes.blogspot.com/2021/09/para-hipotese-de-uma-providencia.html
http://fcsseratostenes.blogspot.com/2020/03/suspensao-da-linha-circular-do-metro.html
http://fcsseratostenes.blogspot.com/2020/03/sugestoes-no-seguimento-da-aprovacao-da.html
Alternativa à linha circular de minimização de danos - a linha em laço, apresentação pelo prof.Mario Lopes:
https://www.facebook.com/watch?v=692199321746205
PS em 16dez2021 - em complemento da apresentação do prof.Mario Lopes e como o senhor presidente do metro insiste em achar que a linha circular tem vantagens sobre a linha em laço, observo:
1 - para recolha de um comboio avariado num dos sentidos terá de interromper-se a circulação do sentido contrário para esse comboio ir para um resguardo em 2 (sentido dos ponteiros do relógio) ou 3 (sentido contrário ao dos ponteiros do relógio) dos 6 términos intermédios (Campo Grande, Alvalade, Baixa, Cais do Sodré, Rato e Marquês de Pombal); na linha em laço, porque é possível aceder em Campo Grande na via descendente diretamente do cais sul ao ramal das Oficinas, a interrupção da circulação da outra via só é necessária em 1 (sentido dos ponteiros do relógio) ou 3 (sentido contrário ao dos ponteiros do relógio) dos 6 términos intermédios. A recolha de um comboio avariado, pelos meios próprios ou empurrado ou puxado, leva tempo e é uma operação com riscos (requer normalmente a desligação do sistema de controle automático da circulação), como o estudo da sinistralidade de outros metros mostra; por isso, vantagem neste caso para a linha em laço;
2 - uma das justificações apresentadas para a linha circular é que a procura no centro justifica frequencias (nº de comboios por hora) mais elevadas do que na periferia; para além da solução da apresentação para a linha em laço (utilização de términos intermédios para inversão dos comboios com maior frequência na zona central), quem tem experiência em operação recorre também aos comboios "expresso" sem paragem nas estações intermédias da periferia (ex: comboios Odivelas-Campo Grande diretos) garantindo comboios entre os expressos com paragens em todas ou variando os pontos de paragem, de modo a ter intervalos de 10 minutos ou mais nas estações intermédias ; tem o inconveniente de pouca ocupação no troço Odivelas-C.Grande (daí a vantagem de inverter no término intermédio de C.Grande), mas tem a vantagem de manter a frequência em toda a linha dado o menor tempo de percurso por não ter paragens
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