sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Irene


Irene, Irene, mais precisamente, MSC Irene, navio porta-contentores com 366m de comprimento e 51 m de boca (largura), com capacidade para 14.000 TEUs (1 TEU<>39m2), veio do Extremo Oriente, aportou a Sines e seguiu para o Havre. Com importações e com exportações.

Aplausos.

A estratégia do porto de águas profundas está a funcionar.
Não era o elefante branco que os temerosos dos investimentos lhe chamaram no princípio dos anos setenta do século passado.
Pessoalmente, orgulho-me muito de ter acreditado na altura (e em que era preciso acabar com a guerra colonial, quanto mais não fosse para a economia funcionar).
Foi também a época dos que não queriam que se fizesse o Alqueva.

Será uma religião, ser-se contra os grandes investimentos...

Mas aplausos, por neste país ainda haver quem consiga fazer andar os investimentos.
Esperemos que a linha férrea de mercadorias Sines-Poceirão-Caia não seja  parada  pelos temerosos.

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3 comentários:

  1. ...e os temerosos colocam em causa a prospriedade !!
    No entanto se, investirmos em ferramentas que damos uso pouco devido ou com baixo proveito, o dinheiro teria sido melhor empregue em outras opções com mais rentabilidade.
    A partir daqui instala-se a discussão do melhor ou pior para o país na mesma proporção da decisão que leva o nómada rumar a 187º ou a 274º. Ambas as hipóteses são possíveis e não sabe qual o resultado futuro de qualquer uma.
    Baralhando: o político faz a figura do fulano com a arma aos tiros no escuro.
    Se acertar, é um grande pistoleiro e visionário.
    Se não acertar, o custo das balas é discutível face ao hipotético objectivo.

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  2. Não percebi,caro(a) anónimo(a):

    Os temerosos colocam em causa a prosperidade ou a propriedade?.
    Vou admitir que é a prosperidade. Se assim for, tiros mal dados atrasam o país.
    No caso do Alqueva (lembra-se de dizerem que nunca encheria, a albufeira? encheu em menos do que os 2 anos previstos) e de Sines, a história demonstru que os tiros estavam bem direcionados.
    Não me admira muito que estivessem. Conheci no IST alguns dos técnicos que estiveram por detrás desses projetos.
    Não me admira nada que dessem tiros certeiros.
    Tal como as tribos de nómadas. Houve umas que começaram a analisar devidamente o ciclo das estações, o movimento do sol, e acharam que meter a 187º, ao sul, quando daí a meses os frios do inverno atacariam nas regiões a 274º, era melhor. E pensando melhor, até se sedentarizaram. A civilização nasceu na zona quente, entre o Eufrates e o Tigre, com as continhas dos juros compostos bem afinadas, e floresceu no Egito,com a arquitetura de rochas sedimentares. Semore a investir, temerosos mas a investir...

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  3. Referia ser próspero.
    Parece então que algum politico deu ouvidos aos técnicos que conseguiram prever o potêncialidade e a pluviosidade no local.
    Num planeta em transformação climatérica em que, inundações e tempestades vão sendo frequentes, este não será um tiro no escuro.
    Idem, para as centrais eólicas.
    Aquecemos o tacho de água, agora vamos ter agitação.
    Agora é necessário olhar mais além do que o resultado das soluções. É o impacto das mesmas.
    Será que os referidos técnicos resolveram 3 pontos a curto prazo e a partir de agora comprometeram 35 a longo prazo?
    Estaremos a intoduzir entropia (toda ela irreversível) num sistema que não consegue regenerar as consequências de um crescimento descontrolado massivo mono-cultural?
    Iremos colapsar o nosso próprio sistema?

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