segunda-feira, 23 de agosto de 2010






A fotografia mostra carris na via secundária de uma pequena estação perto de Vila Real de Santo António.
Pode ver-se um pequeno garrote (um bico, na ligação de topo entre carris). Os carris são de menor peso do que os da via principal.
Alguns dos carris têm a inscrição  Cockriell 1912.
Há quase um século que sofrem as inclemencias climáticas e a passagem da tonelagem dos comboios. As travessas de madeira estão, nas sua maioria, podres.
A fotografia está aqui apenas para mostrar que grande parte das instalações ferroviárias não evoluiu enquanto as novidades da tecnologia rodoviária eram aplicadas.
Não estamos portanto a comparar dados comparáveis quando se olha para o transporte rodoviário e para o transporte ferroviário.
Não se investiu durante décadas como se devia ter investido no transporte ferroviário, tendo em consideração que o atrito do contacto roda de aço - carril é menor do que o atrito do contacto roda de borracha-asfalto e, consequentemente, o consumo específico de energia é menor.

Agora, apesar de continuar válida a lei da Física que permite gastar menos energia transportando sobre carris,  e de tanto se ter economizado durante anos nos investimentos na ferrovia, ainda acham os cidadãos que não se deve investir no TGV?

Será que estão a querer fora da equação a Ciência, para citar a expressão do professor Carvalho Rodrigues?

PS - Os carris foram substituidos antes do verão de 2012. Não consegui identificar a marca do fabricante. Talvez coreano, chinês, japonês ...

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2 comentários:

  1. Sem dúvida que o meio de transporte ferroviario é mais eficiente energeticamente.
    Mas neste planeta promove-se aquilo que não é eficiente, para haver consumos superiores.
    Consumindo mais, mais impostos, mais etc.
    Por outro lado, o TGV desvirtualiza a utilidade aos mais diversos pontos de necessidade.
    Lá continuam os trás dos montes a meter a chave na ingição, porque a linha férrea deixou de funcionar há 20 anos....
    Porque se usa o automóvel?
    Porque este levou de porta a porta.
    Comodismo e dita qualidade de vida.

    Porque não vai de comboio?
    "Ora, porque tenho de apanhar 4 transportes para chegar a minha casa e quase sempre com o triplo ou quadruplo do tempo".

    Desde quando tomou a opção de andar de carrinho?
    "Ora, desde que arranjei outro emprego a ganhar mais".

    E o efeito de estufa?
    "Ora, nã sei do que se trata"

    E a chuva ácida?
    "Ora, também na sei"

    E voltar para o transporte do povo?
    "Deixei de ser do povo, já ganho mais. Na tou a gostar das suas perguntas e tenho mais que fazer"

    E as doenças respiratórias?
    ".!..."

    E as toxinas e dioxinas?
    ".?!..."

    E os acidentes ambientais com super-petroleiros?
    "...na tenho..."

    E o monoxido a aumentar os UVs com o atrofio das batatas em crescimento?
    "NÃO TENHO !!"

    De facto as pessoas não têm o problema que se levanta.
    Este não existe.
    Existe sim, o ruído daqueles que não se calam de vez e deixam a sociedade expandir-se livremente no seu melhor.

    Conclusões:
    - o combustível é para estoirar em grande. Quanto mais potência, melhor.
    - eficiência, não exsiste.
    - os transportes públicos são um atraso de vida e para aqueles que não aderiram ao AWOL (American Way Of Life).
    - pouco dinheiro = POVO = transporte POVO

    Alguém tem mais dúvidas?....

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  2. Correta,a análise,mas é como no Farnheit 451.
    Há sempre um grupo de pessoas que continua a ler e a escrever livros; há sempre um condomínio fechado, nem que seja nas universidades elitistas, onde estas coisas se vão estudando e medindo.
    E mais tarde ou mais cedo as potas do condomínio abrem-se, porque os netos e as netas das pessoas de hoje ouviram alguém do condomínio falar nisso.
    Esperemos.

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