'
Lembram-se do senhor Abílio, florista? ( ver
http://fcsseratostenes.blogspot.com/search?q=ab%C3%ADlio )
Fiquei de vos dar o número de telemóvel para o caso de precisarem de um ramo de flores.
Este que vos mostro foi-me arranjado por ele no domingo de manhã, 1 de Agosto, para o aniversário da minha sobrinha. A mulher estava a vender flores no mercado de Algés e ele foi até á Avenida da Igreja.
Continuam os problemas com o ineficiente tratamento da doença da filha e as dificuldades dos filhos em encontrar emprego que não seja na segurança de discotecas.
A minha mulher, que foi professora deles, diz que a escola fez o possível.
Mas não basta a escola.
O problema é de toda a sociedade.
E no entanto, tanto o pai como a mãe se fartam de trabalhar, mas não puderam orientar a educação dos filhos. Inutil tentarem aumentar a produtividade e a competitividade. O problema é de âmbito mais vasto. Mas os nossos economistas decisores não gostam de flores.
Número do telemóvel do senhor Abílio: 967 063 581 . Podem encomendar pelo telemóvel ou passar simplesmente de manhã pela Avenida da Igreja.
________________________________________
Chama-se prospriedade ao indicador que nos sensibiliza se haverá algo mais no dia de amanhã.
ResponderEliminarTal como o criminoso tem um móbil, a sociedade precisa de um motivo para remar.
As variáveis que constituem a esperança foram progressivamente asfixiadas por uma sociedade em mudança.
Mudança essa aparentemente inofensiva a curto prazo mas, a longo prazo (5 a 10 anos nos tempos modernos) vai agonizar o motor crescente. O sistema entrou em saturação.
Que culpa têm os FI (First In) e os LI (Last In)? Nenhuma.
O que fazer? (pergunta típica)
Muitas civilizações inteligentes ante-passadas sucumbiram no auge do seu conhecimento.
Poderá esta sobreviver?
Talvez sim. Desde que algo venha renovar o oxigénio às células.
Isso resolve?
Talvez não.
Veja-se o exemplo do equilibrio entre raposas e coelhos/outros.
Se quisermos ser protectores extremos das raposas, não vamos deixar que a maior parte das crias morra à fome. Toca a injectar coelhos no processo.
As raposas não podem estar mais em festa. O mundo para elas está colorido !!
A comunidade de raposas cresce e cresce e cresce que num dado instante, a última ninhada repara que não houve aumento proporcional da injecção de coelhos no sistema.
Quando chega a vez desta comer, não há conduto.
Ops, estamos em crise. Estas causam mal estar às outras pela sua agonia.
Alguém decreta:
Vamos procurar novos filões de coelhos ou vamos abrandar as ninhadas ou até parar.
Não é possível extrair mais taxa de coelhos ou até avizinha-se que a sobre- exploração causou um desgaste do sistema.
A partir daqui sucede-se uma cascata de decisões e medidas de auto-controle.
O sistema está em desequilibrio.
Who framed Roger Rabbit?
Não há mão de obra fresca para explorar massa de coelhos.
As raposas velhas têm direito a descansar. As restantes não chegam para impulsionar o débito pretendido.
Opta-se por: vamos todos comer um pouco menos (apertar o cinto).
A quantidade de coelhos continua a diminuir ao longo dos meses.
A comunidade das raposas está obrigada a passar fome ou até morrer.
Este equilibrio acontece todos os dias em todo o mundo com todos os animais.
O ser humano no auge da sua caridade não aceita frontalmente a morte por fome ou doença.
Mais depressa carrega em botões para limpar milhões sem rosto visivel de dor.
Longe da vista, longe do coração.
A morte alheia.
As sociedades no seu melhor, promovem que se compre casas e viaturas (média) 3 a 15x mais caras do que aquilo que é o motivo.
Se esse dinheiro fosse distribuido racionalmente entre os próximos, haveria esperança para estes e quem sabe, constituir familia.
Mas não. O mecanismo de auto-controlo da população de humanos / raposas foi criar a especulação e a desigualdade para cortar a possibilidade da comunidade expandir ainda mais.
Estamos a atravessar o declínio da esperança da expansão.
Tornamo-nos doença de nós próprios.
Aliás as monoculturas de espécies são alvos fáceis de ataques externos.
Custa-nos a acreditar que vamos deixar de controlar, de manipular e de decidir o futuro.
Um motor de inovações que afasta a parede "The End" são as guerras. Mas elas por si são um forte "The End".
Enfim, engatámos um vortice que do qual não sabemos como sair e não queremos acreditar que temos de seguir um rumo diferente.
Ver para crer. Até para crer temos que ver.
Até lá, são prognósticos de bancada.
Ops, como diz.
ResponderEliminarComo ninguém tem as respostas certas, tentemos a perspetiva dos 2 industriais de sapatos no país em que todos andavam descalços. Ninguém nos vai comprar nada, dizia um; vão -nos comprar toda a produção, dizia outro.
Estamos em crise, que bom, vamos começar a crescer e a prosperar (realmente, prosperidade é isso, ter algo mais no dia seguinte, nem que seja a paz e a declaração universal dos direitos do Homem).
Que sempre são um bocadinho diferentes dos direritos dos coelhos e das raposas.
Fez-me lembrar La Fontaine,e a conversa do lobo e do cordeiro. E tambem Malthus, não há coelhos que cheguem se não nos contivermos.
Vamos ver como corre o resto do jogo, para não fazermos prognósticos, mas para já estamos a jogar mal e, assim, não ganhamos.Eu, por mim, proponho mesmo centrarmo-nos na declaração universal dos direitos do Homem, apesar dos políticos acharem outras coisas.
Transcrito:
ResponderEliminar"...nem que seja a paz e a declaração universal dos direitos do Homem).
Que sempre são um bocadinho diferentes dos direitos dos coelhos e das raposas."
Esse é um dos problemas do Homem, tentar resumir/reduzir o mundo aos seus direitos.
Trata-se de uma distorção/deformação da forma de encarar o planeta.
A nossa mão pesada será lançada contra nós próprios.
A sorte é que este meteorito tem 40.000kms de perímetro.
Se fosse mais pequeno, o efeito de contaminação seria mais rápido.
Temos que mudar a cassete.
Muito poucos parecem com vontade.