3 bilhetes postais que não serão lidos pelos destinatários, nem sequer pelos seus assessores
2 - para o senhor secretário de Estado Agostinho Branquinho
Não iria gostar de ler este bilhete postal.
Acabei de ver o filme "Golpada Americana" e não achei nada que fosse americana, a golpada, nem entertenimento despreocupado. Com congressistas presos por promiscuidade economico-politica, facilitação da aprovação de projetos imobiliários e de casinos, para alargar as bases tributárias e desafogar as finanças dos partidos, a história é universal, até parece inspirada no caso do nosso grande autarca de Oeiras.
Também por isso a contrapartida dos "arrependidos" foi a atenuação da pena do "mayor" de Camden, que no fundo servia os interesses dos seus eleitores.
Sim, Camden, a cidade mártir de New Jersey, falida há 20 anos,há mais tempo do que Detroit, exemplo vivo do que acontece quando se desindustrializa e se dá de bandeja o poder decisório aos "banksters" (remeto para o texto de Vasco Graça Moura, libreto da ópera do mesmo título, de Nuno Corte Real, sobre Jacob e o anjo, de José Régio).
Como se explica no filme, enganamo-nos a nós próprios, é isso que o nosso cérebro faz, convence-nos a acreditar em coisas que não existem e a fazer o que não queremos, iludindo-nos com uma falsa realidade.
Porque não havemos de enganar o nosso próximo?
Por isso é tão ténue a distancia entre legalidade e corrupção.
Legalidade é quando os negócios e os interesses económicos privados coincidem com os interesses dos politicos no poder, com maior ou menor sagacidade na interpretação das leis existentes ou a reformular.
Corrupção é quando não.
Daí a justificação para aquele slogan: "Menos Estado, melhor Estado". Eliminam-se conflitos, deixam-se os interesses económicos evoluir.
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