quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Os acidentes mortais nas ciclovias aumentam em Londres

skycycle - fotografia Norman Foster and Partners


Proposta de Norman Foster: viadutos exclusivos para bicicletas, por cima e ao longo das vias férreas suburbanas de Londres com capacidade de 12.000 ciclistas por hora em cada sentido.
É curioso ver uma das capitais do mundo financeiro evoluído pôr como hipótese adotar o modo preferencial de deslocação na China e no Vietname dos anos 50 do século XX.
Penso que não é a melhor solução, nomeadamente pelos custos envolvidos, mas deve ser estudada e comparada com as outras soluções. Por um adicional marginal o viaduto poderia suportar sistemas guiados de itinerários “a pedido”.
Ver:



Esta proposta surge no meio da polémica sobre o acréscimo de acidentes com ciclistas como vitimas mortais nas ciclovias.

No caso de Portugal receia-se que as  novas disposições do código da estrada tenham o memo efeito nefasto, mas há sempre a esperança de que o que acontece lá fora possa não acontecer cá dentro.

3 comentários:

  1. Olá.

    Os acidentes em Londres têm ocorrido principalmente por causa de camiões que estão a virar à esquerda e têm os ciclistas no ângulo morto (o condutor está sentado do lado direito).

    Um ciclista experiente sabe que esse é um local perigoso. Mas com o aumento do número de ciclistas é normal que eles passem por um período de aprendizagem. E o número de ciclistas tem aumentado tanto, que é normal que infelizmente aumentem também o número de acidentes.

    Estão a ser propostos novos desenhos para os camiões, para evitar esses acidentes:
    lcc.org.uk/articles/london-cycling-campaign-calls-for-government-and-private-sector-to-make-direct-vision-lorries-standard-on-city-streets

    Quanto ao código da estrada, no que mudou não vai haver grande alteração do comportamento dos ciclistas. Na realidade os ciclistas já praticavam muitas das coisas que agora mudam. Por exemplo, não circular encostado à direita, quando existe em condições circular na berma, circular a par quando isso é mais seguro, apesar das bocas que poderiam ouvir.

    Rui Sousa

    ResponderEliminar
  2. Deixo aqui o link do novo desenho dos camiões urbanos:
    http://lcc.org.uk/articles/london-cycling-campaign-calls-for-government-and-private-sector-to-make-direct-vision-lorries-standard-on-city-streets

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Muito obrigado pelos esclarecimentos. Não sou ciclista, apenas me interesso por questões de segurança. É muito interessante a ideia dos camiões de visão direta. Não tinha reparado que a altura da posição do condutor é crucial neste caso. Talvez se possa pensar tambem em camaras de televisão apontadas para a zona imediatamente à frente das rodas, embora isso tenha o inconveniente de distração para o condutor, ou retrovisores tambem com esse angulo (dificuldade de cobrir mais um retrovisor), ou avisadores sonoros de mudança d edireção semelhantes aos de marcha a trás. Penso que a melhor medida é a moderação da velocidade nas povoações. Por mais larga e retilinea que seja uma avenida, mais de 30km/h (8,3 m/s) por um camião é de risco e, na maior parte das ruas, 50km/h para os ligeiros também. É no padrão da velocidade que penso se deve atuar principalmente, mas as pessoas não gostam e o interesse comercial da distribuição também não... é uma situação de risco, especialmente por causa dos automobilistas que ainda não sabem que os ciclistas passaram a ter prioridade quando da direita ou em rotundas. Da parte dos ciclistas, pessoalmente, como peão, gostaria que não incumprissem a regra que proibe circular nos passeios acima dos 10 anos de idade.

      Eliminar