segunda-feira, 2 de agosto de 2010

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Lembram-se do senhor Abílio, florista? ( ver   
http://fcsseratostenes.blogspot.com/search?q=ab%C3%ADlio   )
Fiquei de vos dar o número de telemóvel para o caso de precisarem de um ramo de flores.

Este que vos mostro foi-me arranjado por ele no domingo de manhã, 1 de Agosto, para o aniversário da minha sobrinha. A mulher estava a vender flores no mercado de Algés e ele foi até á Avenida da Igreja.
Continuam os problemas com  o ineficiente tratamento da doença da filha e as dificuldades dos filhos em encontrar emprego que não seja na segurança de discotecas.
A minha mulher, que foi professora deles, diz que a escola fez o possível.
Mas não basta a escola.
O problema é de toda a sociedade.
E no entanto, tanto o pai como a mãe se fartam de trabalhar, mas não puderam orientar a educação dos filhos. Inutil tentarem aumentar a produtividade e a competitividade. O problema é de âmbito mais vasto. Mas os nossos economistas decisores não gostam de flores.
Número do telemóvel do senhor Abílio:  967 063 581 . Podem encomendar pelo telemóvel ou passar simplesmente de manhã pela Avenida da Igreja.


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3 comentários:

  1. Chama-se prospriedade ao indicador que nos sensibiliza se haverá algo mais no dia de amanhã.
    Tal como o criminoso tem um móbil, a sociedade precisa de um motivo para remar.
    As variáveis que constituem a esperança foram progressivamente asfixiadas por uma sociedade em mudança.
    Mudança essa aparentemente inofensiva a curto prazo mas, a longo prazo (5 a 10 anos nos tempos modernos) vai agonizar o motor crescente. O sistema entrou em saturação.
    Que culpa têm os FI (First In) e os LI (Last In)? Nenhuma.

    O que fazer? (pergunta típica)
    Muitas civilizações inteligentes ante-passadas sucumbiram no auge do seu conhecimento.
    Poderá esta sobreviver?
    Talvez sim. Desde que algo venha renovar o oxigénio às células.
    Isso resolve?
    Talvez não.
    Veja-se o exemplo do equilibrio entre raposas e coelhos/outros.
    Se quisermos ser protectores extremos das raposas, não vamos deixar que a maior parte das crias morra à fome. Toca a injectar coelhos no processo.
    As raposas não podem estar mais em festa. O mundo para elas está colorido !!
    A comunidade de raposas cresce e cresce e cresce que num dado instante, a última ninhada repara que não houve aumento proporcional da injecção de coelhos no sistema.
    Quando chega a vez desta comer, não há conduto.
    Ops, estamos em crise. Estas causam mal estar às outras pela sua agonia.
    Alguém decreta:
    Vamos procurar novos filões de coelhos ou vamos abrandar as ninhadas ou até parar.
    Não é possível extrair mais taxa de coelhos ou até avizinha-se que a sobre- exploração causou um desgaste do sistema.
    A partir daqui sucede-se uma cascata de decisões e medidas de auto-controle.
    O sistema está em desequilibrio.
    Who framed Roger Rabbit?
    Não há mão de obra fresca para explorar massa de coelhos.
    As raposas velhas têm direito a descansar. As restantes não chegam para impulsionar o débito pretendido.
    Opta-se por: vamos todos comer um pouco menos (apertar o cinto).
    A quantidade de coelhos continua a diminuir ao longo dos meses.
    A comunidade das raposas está obrigada a passar fome ou até morrer.
    Este equilibrio acontece todos os dias em todo o mundo com todos os animais.
    O ser humano no auge da sua caridade não aceita frontalmente a morte por fome ou doença.
    Mais depressa carrega em botões para limpar milhões sem rosto visivel de dor.
    Longe da vista, longe do coração.
    A morte alheia.
    As sociedades no seu melhor, promovem que se compre casas e viaturas (média) 3 a 15x mais caras do que aquilo que é o motivo.
    Se esse dinheiro fosse distribuido racionalmente entre os próximos, haveria esperança para estes e quem sabe, constituir familia.
    Mas não. O mecanismo de auto-controlo da população de humanos / raposas foi criar a especulação e a desigualdade para cortar a possibilidade da comunidade expandir ainda mais.
    Estamos a atravessar o declínio da esperança da expansão.
    Tornamo-nos doença de nós próprios.
    Aliás as monoculturas de espécies são alvos fáceis de ataques externos.
    Custa-nos a acreditar que vamos deixar de controlar, de manipular e de decidir o futuro.
    Um motor de inovações que afasta a parede "The End" são as guerras. Mas elas por si são um forte "The End".
    Enfim, engatámos um vortice que do qual não sabemos como sair e não queremos acreditar que temos de seguir um rumo diferente.
    Ver para crer. Até para crer temos que ver.
    Até lá, são prognósticos de bancada.

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  2. Ops, como diz.
    Como ninguém tem as respostas certas, tentemos a perspetiva dos 2 industriais de sapatos no país em que todos andavam descalços. Ninguém nos vai comprar nada, dizia um; vão -nos comprar toda a produção, dizia outro.
    Estamos em crise, que bom, vamos começar a crescer e a prosperar (realmente, prosperidade é isso, ter algo mais no dia seguinte, nem que seja a paz e a declaração universal dos direitos do Homem).
    Que sempre são um bocadinho diferentes dos direritos dos coelhos e das raposas.
    Fez-me lembrar La Fontaine,e a conversa do lobo e do cordeiro. E tambem Malthus, não há coelhos que cheguem se não nos contivermos.
    Vamos ver como corre o resto do jogo, para não fazermos prognósticos, mas para já estamos a jogar mal e, assim, não ganhamos.Eu, por mim, proponho mesmo centrarmo-nos na declaração universal dos direitos do Homem, apesar dos políticos acharem outras coisas.

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  3. Transcrito:
    "...nem que seja a paz e a declaração universal dos direitos do Homem).
    Que sempre são um bocadinho diferentes dos direitos dos coelhos e das raposas."

    Esse é um dos problemas do Homem, tentar resumir/reduzir o mundo aos seus direitos.
    Trata-se de uma distorção/deformação da forma de encarar o planeta.

    A nossa mão pesada será lançada contra nós próprios.

    A sorte é que este meteorito tem 40.000kms de perímetro.
    Se fosse mais pequeno, o efeito de contaminação seria mais rápido.

    Temos que mudar a cassete.
    Muito poucos parecem com vontade.

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