domingo, 19 de fevereiro de 2012

Nossa Senhora da República










Nossa Senhora da República,

protege o teu heroi
e os que aqui se reuniam,
no tempo da outra senhora
quando os capacetes do capitão Maltez
lhes apontavam as coronhas das espingardas aos peitos

Nossa Senhora da República,
o teu heroi não gostava de estar no meio dos pobres e dos ofendidos,
não gostava de sindicalistas, anarco-sindicalistas,
socialistas ou comunistas,
era a voz da burguesia esclarecida,
mas a República deve ir além dos seus heróis, não é?

Por isso, Nossa Senhora da República,
protege os que agora são os pobres de recursos,
e os humilhados pelo menosprezo dos que se assenhorearam da República

Nossa Senhora da República e da Democracia,
que já conquistastes a Liberdade,
afaga o caminho para a Igualdade e a Fraternidade


E pronto, sou um sentimental, ou piegas, na versão dos senhores governantes, os betinhos do governo, na pitoresca expressão do bastonário da ordem dos advogados.
Depois de ler o conto da Marília, do livro "O homem do turbante verde", de Mário Vieira de Carvalho, evocando as manifestações dos 5 de Outubro, não resisti aos encantos da estátua.

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