terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O ramo de flores do sr Abílio e questões económicas


Não devem lembrar-se do sr Abílio, florista, com venda na Avenida da Igreja, ao lado do café Nova Lisboa.
http://fcsseratostenes.blogspot.com/search?q=ab%C3%ADlio

Foi ele que me informou que as rosas, este ano, vieram do Equador.
No ano passado tinham vindo do Quénia.
No Montijo há um produtor, mas as estufas não chegam para as encomendas, e a produção só poderia aumentar se se investisse. Não há economia sem investimento.
O sr Abilio e a sua mulher continuam a trabalhar, mas a filha continua doente. Tem uma doença crónica e o tratamento nos hospitais públicos não tem sido o melhor.
Que pensará uma pessoa assim quando os senhores governantes apelam aos portugueses para trabalharem mais?
Que pensarão os trabalhadores do estaleiro de Viana do Castelo,  que não têm crédito para comprar a chapa necessária e não sabem que responder à delegação venezuelana que lhes veio perguntar se já começaram os dois navios asfalteiros?
Que pensarão quando ouvem os apelos para trabalharem mais?
Que pensarão quando lhes recordam que o governo vai injetar 600 milhões de euros no BPN antes de receber por ele 40 milhões, que vai dar mais 150 milhões para outros fins contabiliticos (que eufemismo) e que dará garantia de um empréstimo de 3.500 milhões?

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