O arroz já saiu da água. Já não se vêem os corvos marinhos nesta altura do ano, mas os pares de cegonhas sobressaem dos seus ninhos, mesmo ao lado das linhas de alta tensão.
Ao longo da linha de comboio vê-se que os terrenos estão cultivados e muito gado a pastar. Cavalos em quantidade significativa, indiciando a transformação da energia da massa vegetal em energia mecânica, poupando a importação de combustíveis fósseis.
Se o nosso presidente, ou o governo, fosse como o da Islandia, diria que num pais em que há mais gado do que iPads e mais cegonhas do que abutres (sem menosprezo para com os grifos do Douro e do Tejo, abutres aqui é em sentido figurado) ninguem morre de fome, nem se aflige com os juros dos mercados.
Nem o ministro da agricultura diria que é graças a ele que o arroz cresceu e saiu da água.
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