O senhor Oli Rehn manifesta-se agastado na conferencia de imprensa. De 3 em 3 meses tem de se confrontar com pareceres negativos do Tribunal Constitucional.
O senhor é um dos grandes defensores da austeridade como regra cega, castigadora da irresponsabilidade dos paises do sul.
Do artigo do Dinheiro Vivo sobre o livro de Rui Peres Jorge, "Os 10 erros da troika", retiro a informação de que os cortes de salários e pensões e a subida de impostos traduziu-se por uma retirada de 27 mil milhões de euros à economia. Porém, o defice orçamental só se reduziu 9 mil milhões de euros.
Isto é, o efeito divisor da austeridade foi 3.
Não admira, o senhor Oli Rehn nunca trabalhou numa empresa portuguesa, não conhece as condições reais da economia portuguesa.
Por isso lembrei-me dele quando verifico que duas das três palmeiras jovens, plantadas há cerca de 10 anos, já exibem indícios de terem sido atacadas pelos escaravelhos bicudos, vindos de outras latitudes. A outra palmeira já há um ano que tinha apodrecido completamente.
As palmeiras sobreviventes ainda têm as folhas verdes, mas inclinam-se para um dos lados, mostrando na zona dos rebentos das folhas matéria decomposta pelos escaravelhos.
É provável que venham a morrer, vítimas da praga de outras latitudes.
Mas pode ser que resistam. Vasculho a matéria decomposta e encontro carcaças de escaravelhos, com o abdomen perfurado. Fugitivos, um pequeno inseto parecido com um bicho de contas e um pequeno verme escondem-se. Serão atores de uma luta biológica contra os escaravelhos bicudos? Ou os invasores acabarão por morrer por si próprios, vítimas do sucesso da epidemia?
Que tem isto que ver com Oli Rehn?
Nada, mas dedico-lhe a história, desejando obviamente que ninguém tenha a ideia de o tratar como aos escaravelhos bicudos que destruiram as palmeiras.
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