terça-feira, 16 de abril de 2013

A experiencia de Worgl, a rede bitcoin, a ecomoeda e a rede CES (community exchange system)


Os arrumadores encontraram este nicho de mercado. São ilegais, mas a EMEL não é, e ocupou o nicho. É uma empresa da esfera pública que parece dar lucro (ainda não se lembraram de a privatizar?).
O pequeno prego no prato da balança era ilegal, assim como não é economia tributável a pequena moeda pedida pelo mendigo. Mas os bancos cobram uma pequena comissão sobre as contas à ordem.
E se fizéssemos ao contrário, isto é, se a comunidade não organizada em estruturas públicas fizesse o mesmo que o Estado?
Não digo emitir moeda, como na experiencia de Worgl. O presidente da câmara depositou no banco uma dada quantia e emitiu certificados de conta de igual valor para pagar ordenados. Com estes certificados, de validade temporária para que o dinheiro circulasse depressa (a velocidade de circulação da moeda é proporcional às mais valias geradas), os cidadãos e cidadãs pagaram as suas contribuições, as suas despesas de alimentação e roupas, e a câmara pagou a construção de infraestruturas. Não consta que tivesse havido qualquer “bolha” financeira ou esquema de Ponzi. Apenas que o banco nacional da Áustria interditou a experiencia. Estava-se em 1933, quando a Áustria vivia um regime politico muito semelhante ao que vigorava em Portugal. Ver em:

Mas podia tentar-se a generalização das experiencias em curso pelo mundo fora (não nos querem convencer de que a globalização é a felicidade dos povos?) com a criação virtual de moeda através da Internet (acho que os especialistas de “marketing” poderão chamar a isto a “desmaterialização” da moeda.
As informações seguintes foram retiradas do Dinheiro vivo e depois, de referencia em referencia, da internet.
Curiosamente, a série de sucesso nos USA, Good Wife, em emissão no canal Fox, dedicou um episódio a este fenómeno (Mr.Bitcoin).
Ver sobre a bitcoin, moeda virtual baseada em encriptação e  redes peer to peer,  no Dinheiro vivo em

Sobre redes peer to peer, caraterizadas pela descentralização, tão difamadas por causa da partilha de arquivos violando os direitos autorais, ver em:

Ver tambem as explicações sobre a bitcoin, namecoin e litecoin na Wikipedia:

Não sendo tão complicado como as redes encriptadas de geração automática bitcoin, temos ainda a experiencia catalã da ecomoeda, semelhante ao conceito de banco do tempo, em que cada participante se inscreve na lista de serviços que pode prestar à rede, pagando à rede em horas os serviços que utilizar de outros participantes.
Num país com grande tendência para a economia paralela e de subsistência em domínios restritos, poderia ser interessante tentar estas experiecias.
Ver em:

De salientar ainda a experiencia australiana das redes CES (community exchange system)
Ver uma explicação curiosíssima sobre os graves inconvenientes do conceito da moeda convencional (“a moeda que conhecemos não é um serviço neutro proporcinado pelo governo; o fornecimento do nosso dinheiro vem de instituições privadas numa base de lucro. Este sistema monetário foi concebido para beneficiar os que o fornecem e não os que o utilizam”) em:

A rede bitcoin já foi objeto de regulação nos USA.
Na UE parece que o BCE ainda anda a pensar o que há-de pensar sobre o assunto, mas certamente que achará mal e desconfiará da possibilidade de fraudes, embora a rede bitcoin se auto proteja contra investimentos milionários.
No entanto, tal como na experiencia de Worgl, seria interessante pensar na possível aplicação.
Que tal começar por experimentar na Madeira?



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