domingo, 14 de abril de 2013

Castrados



Como dizem os franceses, "chapeau" para o cartonista André Carrilho, e a sua metáfora "castrados" no DN Opinião Déjà vu.

A Republica, ou a Democracia, ou a Constituição, violada, e o castigo dos violadores pela Justiça, cega (há quem defenda antes uma castração química, também como metáfora, claro...).
Dirão os violadores que não foi uma violação, que foi a República, ou a Democracia ou a Constituição que, sem burka, e vivendo e exagerando no gozo da  liberdade, mereceu a intervenção e o corretivo.
Faltam de facto mecanismos de defesa, de participação das pessoas de bem de modo a evitar estas coisas.
Mas os tempos são de insegurança, sem dúvida, e de riscos para quem vive em liberdade.

PS - antes que as dificuldades de expressão e de identificação da mensagem do emissor pelo recetor induzam alguém a  pensar que neste blogue se apela à violencia contra a opressão do governo, repete-se que se trata de uma metáfora, de uma transposição para o sentido figurado, como diz o dicionário. Efetivamente, as regras do debate devem ser cumpridas para que haja reconhecimento pelo recetor do que quis dizer o emissor, sendo certo que a lingua portuguesa permite más interpretações. Vejam-se as discussões tormentosas sobre o acordo ortográfico e o "esquecimento", quando se critica o acordão do Tribunal Constitucional com a reprovação das 4 medidas; um pequeno trecho desse acordão recorda que o governo tem toda a legitimidade para legislar sobre os direitos ou sua cassação dos funcionários públicos, mas que não pode violar uma lei que existe, por mais que uma eventual lei, no futuro, revogue essa lei. Nem é uma questão jurídica, é uma questão de lógica comunicacional. Salvo melhor interpretação, evidentemente.

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