quarta-feira, 17 de abril de 2013

Um minuto de economia - porque cresce a divida publica


Um minuto de economia

Num minuto pode dizer-se muita coisa, embora a síntese não seja o meu forte.
Então analisemos:
Parece lógico que quanto maior a despesa pública maior a dívida pública, não é?
Só que só é parcialmente verdade.
A essência das finanças públicas não está aqui.
O que torna a divida publica insustentável (e já é mais do que 123% do PIB...) é a taxa de crescimento ser inferior à taxa de juro dos empréstimos.
Portanto os senhores que mandam mentem ao povo com todas as suas forças quando o responsabilizam pela dívida pública e propõem os cortes na educação , na saúde e na segurança social.
Cortando nos benefícios sociais temos assim os pobres a financiar os ricos rentistas, pr mais que o senhor ministro das finanças diga que a economia é o ponto de encontro da cooperação entre os que vivem do seu trabalho e os que vivem dos rendimentos do trabalho dos outros (que bonito, um mundo sem conflitos sociais...que conto de fadas tão bonito que o senhor ministro das finanças conta).
Não é que eles não saibam que isto é uma espiral recessiva.
Não são incompetentes, sabem perfeitamente que é uma espiral recessiva, mas é preciso manter viva a chama do pecado original.
Quando nascemos já trazemos a culpa.
È do que os “mercados” precisam, do complexo de culpa dos contribuintes.
Já passou o minuto?
Então eu resumo:
cortar na despesa publica tem um efeito recessivo, logo menos despesa publica significa maior diferença entre o crescimento do PIB e as taxas de juro (nesta perspetiva, 3% que é o juro da troika é demais e a divida pública não parará de crescer), e essa maior diferença significa maior divida publica.
Logo, cortar na despesa publica de forma cega é um atentado contra os cidadãos e cidadãs. O essencial está no crescimento do PIB (investimento publico ou privado, não interessa, mas investimento reprodutivo).
E que se deve fazer a quem comete atentados?

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